A porta do escritório é empurrada pelo lado de fora, e entra uma figura esguia.
"Ali..."
Vendo-a chegar, Leal quase se empolga demais. Por sorte, ele reage rápido e altera suas palavras a tempo: "Subgerente Alice, você por aqui?"
Alice se aproxima e lhe dá um sorrisinho. Volta-se então para Hanna e diz, levantando os lábios, "Ouvi dizer que alguém estava criando problemas, e vim dar uma olhada."
Hanna gira o rosto e retribui o olhar, impassível.
Um encontro com o inimigo costuma despertar ainda mais o ódio. É bem este o caso.
Alice vê claramente todo esse ódio nos olhos de Hanna. Se tivesse uma faca na mão, sua meia-irmã não hesitaria em matá-la.
Hanna não está com a melhor das aparências. Ela, que sempre gosta de usar maquiagem pesada, hoje não aplica pó nem sombra. Seu rosto está pálido, e os lábios também. Parece vários anos mais velha.
Alice não poderia ter imaginado.
De início, achou que Hanna poderia até usar o bebê, e com certeza não teria sentimentos por ela. Agora, parece que não é bem assim.
Seu olhar se desloca, inconsciente, para o ventre dela, em um lampejo de dor e arrependimento.
Hanna não está errada. Ela também é, de fato, uma assassina indireta do bebê.
Alice franze os lábios, respira fundo e olha serena para ela, "Peço desculpas pelo bebê."
Ouvindo isso, Hanna olha para o nada e depois resmunga com frieza: "Não me venha com falsidade, Alice. Você deve estar muito contente por que eu perdi o bebê. Deve achar que foi castigo divino por eu ter roubado Vicente de você."
"Não é o que eu penso." Alice sacode a cabeça: "Hanna, eu não sou você. Meu coração não é tão duro."
"Hahahaha..." De repente, Hanna solta uma gargalhada, encarando-a tristemente, com a frieza do mais rigoroso dos invernos.
"Alice, por que eu não te atropelei até a morte quando tive oportunidade?"
O tom frio está repleto de ódio.copy right hot novel pub