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Doce Vingança

DEZESSEIS

— A quanto tempo eles estão lá dentro? — perguntei agoniada, após longos minutos andando de um lado para o outro na enorme sala de visitas. Penélope esvaziou sua quinta xícara de chá e tentou se servir mais uma vez.

— Droga, o chá acabou! — Ela resmungou, levantando-se imediatamente do sofá e levou a unha do indicador a boca. _ Quase duas horas, eu acho — respondeu caminhando até uma janela e encarou o lado de fora.

Quase duas horas. Pensei me sentindo cansada. A quinze dias atrás Antony comunicou-nos durante o jantar, que Peter teria uma nova abordagem para o seu caso. Um tratamento ainda em estudo, que viria da Bélgica e nesse exato momento eles estão trancados no escritório da casa em uma videoconferência com os tais médicos belgas. Saber que ele tentaria fazer isso por mim, me encheu de uma alegria sem tamanho, embora não tenha lhe pedido nada. Entretanto, saber que enfim a morte seria afugentada para bem longe de nós e que eu teria a minha oportunidade de ser feliz, sem um prazo de validade, me encheu de esperanças outra vez. Não mentirei, a presença de Gael ainda é muito forte dentro de mim, ainda mais quando noto o crescimento da minha barriga a cada dia que se passa, porém, procuro viver cada minuto desse amor que o Antony tem para me oferecer e que me mantém sã.

A porta do escritório finalmente se abre e tanto eu, quanto Penélope corremos para o final da sala, no mesmo instante em que os homens surgem na entrada do corredor. Peter permanece sério e me parece um tanto preocupado, mas o Antony tem um sorriso grande e satisfeito no rosto e isso me conforta.

— Nos vemos em uma semana, senhor Clarck. — O médico fala com um tom sério demais e após acenar sutilmente para nós duas, ele sai de casa. Olhamos para Antony com expectativas.

— E então? — Penélope pergunta com uma curiosidade palpável.

— Está feito! Doarei quinhentos milhões para o laboratório para avançar com os testes e em troca, farei o experimento dos medicamentos deles.

— Mas, não é perigoso? — questionei ainda em dúvidas se devíamos seguir em frente com isso.

— Bom, o que tenho a perder? — disse com desdém e deu de ombros. A resposta é, nada. Se ele não tentar, morrerá de qualquer forma e isso me aflige.

— Dará certo, Lara. — Penélope diz, levando uma mão ao meu ombro e eu forço um sorriso para os dois.

— Sim, vai dar tudo certo.copy right hot novel pub

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