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Doce Vingança

VINTE E NOVE - 2ª parte.

Cinco anos depois encontrei alguém e me casei e não vou mentir, ainda a amo com todas as forças do meu corpo. E quando a vi pela primeira vez, foi como vê-la outra vez. Você é exatamente igual a sua mãe. Seus cabelos, seus olhos, o tom da pele, seu sorriso… Deus do céu! Confesso que fiquei paralisado com sua visão diante de mim. Por uma fração de segundos pensei que você fosse ela — confessou dolorosamente e suspirou.

Eu não sabia o que dizer e nem o que fazer. Então me aproximei do homem que agora parecia completamente quebrado e o abracei fortemente. Jardel iniciou outro choro baixinho, embora, compulsivo e por incrível que pareça, me senti segura em seus braços. — Me perdoe, filha! Perdoe por não estar lá com vocês, por não te ver nascer e crescer… eu…

— A culpa não foi sua… — Pensei em chamá-lo de pai no final dessa frase, mas não ousei. Apenas o apertei ainda mais nesse abraço e o senti beijar demoradamente o topo da minha cabeça. Passamos muito tempo assim em silêncio e sem choro, apenas sentindo um ao outro e quando nos afastamos, Jardel já estava mais calmo. Mas eu ainda estava em frangalhos.

— Tenho duas filhas e, se não se importar gostaria que as conhecesse. — disse depois de um tempo. Permaneci em silêncio, pois não sabia o que responder. — Por favor, Lara, eu sei que já é bem tarde para isso, mas gostaria que participasse da minha vida e eu quero muito participar da sua.

— Podemos fazer isso aos poucos? — pedi sem graça. — Ainda estou ingerindo toda essa história de ter um pai. — Ele sorriu.

— Sim, claro que sim. Aos poucos. — Ofereci-lhe um meio sorriso.

— Ótimo! Que tal começarmos com um café da manhã? — sugeri, sentindo meu estomago roncar.

— Acho uma ótima ideia, filha! Posso te chamar assim? — Meu sorriso se ampliou e voltei a abraçá-lo.

?

— Que delícia de pai você ganhou, hein! — Penélope sibilou na espreguiçadeira ao lado, enfiando o canudo na sua boca para sugar sua limonada, enquanto olhava Jardel Lincon brincando na piscina com o meu filho.

Confesso que ainda estou dormente com toda essa história. Eu nunca poderia imaginar que um magnata pudesse ser o meu pai e saber que se tratava de um Lincon, me fez entender o porquê de Sara Dibuar ter se calado por tantos anos. Ela só quis me proteger desses malditos urubus! Mas daí a saber que Alex Richter a amava com a mesma intensidade que o meu pai a amou.copy right hot novel pub

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