MESES DEPOIS…

Por Lara Lincon.

— Olha, mãe, está voando! — Tony gritou, olhando para o céu límpido, para uma pipa colorida que voava alto e eu sorri da sua empolgação infantil, o olhando da varanda da casa de veraneio. Atrás de mim, Donana estava lendo um livro, enquanto se balançava em uma redonda e espaçosa cadeira de balanço de palha e Penélope estava em um canto do cômodo, mexendo em sua mais nova paixão. Ela abriu sua própria escola de dança e Leon estava lhe ensinando como cuidar da parte burocrática. E falando no advogado, tenho notado esses dois mais unidos ultimamente e incrivelmente concordando em quase tudo e confesso que olhá-los juntos assim, é lindo de se ver.

— Oi, meu amor! Olha o que eu trouxe para vocês. — Gael me abraçou por trás e em suas mãos havia um pacote. Sorri e virei a cabeça para o lado, para olhá-lo, no ato, ele me roubou um beijo rápido. Curiosa, segurei o pacote e sai do seu abraço, abri o pacote e encontrei algumas pinhas lá dentro. Imediatamente a minha boca salivou e eu sorri para o meu marido. — Demorei, mas encontrei. Como está a nossa garotinha? — indagou levando a mão ao meu ventre, que já tem um volume considerável.

— Você sabe, está se mexendo muito — resmunguei e logo ele se após me beijar, depois, se ajoelhou e beijou a minha barriga por cima da blusa fina e folgada.

Ainda me lembro quando o contei que seria pai de novo. Tony como sempre me envolveu com a sua criatividade e compramos um lindo vestidinho cor-de-rosa, o colocamos dentro de uma sacolinha totalmente masculina e alegamos que seria um presente simbolizando todos os dias dos pais que perdeu e claro que ele caiu nessa história feito um patinho!

Ansioso, Gael segurou a pequena sacola em suas mãos, dava para ver o leve tremular em suas mãos, enquanto desatava o delicado laço de seda e um sorriso bobo não saia dos seus lábios. E quando finalmente abriu o seu presente, largou a sacolinha de todo jeito e contemplou em silêncio pequenina peça de vestuário. Lagrimas emocionadas preencheram os seus olhos, embora o seu sorriso ainda estivesse la, enfeitando seu rosto másculo, contorcido pela emoção. Sim, ele chorou emocionado igual um menino.

— Você… você está…? — Fiz sim, com a cabeça, e um sorriso parecia querer partir o meu rosto ao meio. — Oh, meu Deus! — sussurrou voltando o seu olhar para o vestidinho. Então inalou o seu perfume e rio mais alto. — Uma menininha?

— Uma menininha — repeti. Com passos largos encurtou a pouca distância que havia entre nós. Ele puxou-me para os seus braços e sua boca ávida beijou todo o meu rosto.

— Obrigado! Obrigado! Obrigado! — sussurrou outra vez entre lágrimas e minutos depois, quando a sua ficha realmente caiu, os homens da minha vida passaram a traçar planos para nós duas. Logo tive esses dois nos meus pés o tempo inteiro, cuidado da minha alimentação e me atrevo a dizer do meu sono também.copy right hot novel pub