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Doce Vingança

CINCO - 2ª parte

Fomos para a cidade e paramos em uma sorveteria, e mais uma vez estávamos de mãos dadas diante de todos. Isso faz-me sentir especial e pensar nas palavras de minha mãe. Penso que ela tem razão. Gael realmente difere dos homens ricos dessa cidade. A maioria se aproxima de garotas como eu apenas para usá-las e logo estão entrando em uma igreja com uma garota do nível deles. Um toque suave nas costas da minha mão me faz despertar e encontro um par de olhos claros me olhando. Gael a segura e a leva aos seus lábios, a beijando em seguida.

— Lara, se importa se sairmos daqui e conversarmos em um lugar mais à vontade? — Sua sugestão fez as minhas extremidades estremecer. O quão mãos a vontade ele necessita? E o que teria para me falar que não pudesse ser aqui? Suspirei baixinho e olhei ao meu redor incomodada. Gael tinha razão, as pessoas estavam nos olhando com uma curiosidade palpável e isso me incomodou.

— Claro, aonde quer ir? — Ele simplesmente se levantou da cadeira, foi até o balcão, pagou os sorvetes e segurou a minha mão. Entramos no carro e ele dirigiu ainda em silêncio. O carro parou em frente a uma luxuosa pousada, a mais visitada da cidade. Olhei-o completamente aturdida, mas ele segurou dos dois lados do meu rosto e me olhou bem dentro dos meus olhos.

— É só uma conversa — reforça e eu faço sim com a cabeça. Eu confio plenamente nele, mas acredite, devido às coisas que ele me faz sentir, tenho medo é de mim mesma. E se ele me beijar e eu me deixar levar e não conseguir nos frear? Tenho sonhado conosco ultimamente e são sonhos impróprios para garotas como eu, posso garantir. Entramos no hall da enorme pousada e o vislumbre do lugar abafam os meus pensamentos. Esqueço-me completamente das minhas sensações e do calor quase insuportável dentro do meu corpo. Assim que saímos do elevador, caminhamos apressados pelo corredor cor de tabaco e iluminado por luzes em formato de lamparinas. Ele para em frente a uma porta escura e eu encaro o número, a minha frente, 126. A porta se abre e eu olho para dentro do quarto mais lindo que já vira na vida. — Não vai entrar? — pergunta me dando passagem e eu entro analisando o cômodo em silêncio.copy right hot novel pub

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