- Fânia, você fique aqui na mansão fazendo companhia para a velha aqui por dois dias, tá bem? - disse Paloma para ela.
Estefânia sabia que já tinha arrumado problemas com Aurélio, e não queria abaixar a cabeça para a família Cabral por causa dos pais adotivos, então só podia depender de senhora Paloma agora.
Até porque, Paloma não parecia ter nenhuma intenção ruim contra ela.
- Não compreendo, por que quer que eu te acompanhe?
- Aquele pirralho abusou de você, então tem que responsabilizar por isso. Deixá-la me fazendo companhia aqui na mansão por alguns dias também poderei te conhecer melhor. - Falando isso, Paloma se lembrou das preocupações de Estefânia, e acrescentou -, eu já mandei os melhores especialistas estrangeiros para cuidarem dos tratamentos de seus pais, eles ficarão bem em breve.
Estefânia se sentiu gratificada, e sem como agradecer.
Ela apenas podia se confortar mentalmente que isso foi uma troca, Paloma salvaria seus pais em troca dela ter salvado seu neto Aurélio.
- Obrigada, vovó - ela agradeceu com sinceridade.
Nos três seguintes, Estefânia acompanhou Sra. Paloma treinando artes marciais de manhã, cuidando do jardim no dia, fazendo doces ou jogando xadrez de tarde.
Estavam tendo dias produtivos, então o tempo se passou num piscar de olhos.
Na manhã do quarto dia, Estefânia arrumou as coisas depois de tomar o café com Sra. Paloma. Ao descer segurando a bolsa, assentiu para Paloma sentada no sofá.
- Vovó, eu vou indo, agradeço muito pela sua recepção maravilhosa.
Paloma se levantou e andou até ela, sorrindo.
- Querida, você tem uma personalidade muito direta e verdadeira, ficar na sua companhia me fez sentir muito mais jovem.
Diante de Estefânia, Sra. Paloma não tinha nem um pouco de seriedade que uma dona da família Vargas deveria ter, parecia mais como uma vovó carinhosa.
- A vovó tem que sempre estar com o coração jovem! Vou indo, até mais.
- Se lembra de vir me visitar quando tiver tempo.
- Ah... Claro, vovó - respondeu Estefânia se sentindo de vergonha.
Ela poder vir ou não outra vez para a mansão Chimimera, não era algo que ela poderia decidir.
Saindo da mansão, Sra. Paloma mandou um motorista a levar até centro de Rio de Siena.
Passando em frente a uma farmácia, ela disse ao motorista:
- Pode parar, eu vou descer aqui. Senhor, diga à vovó que eu agradeço muito. - Assim que o carro parou, ela desceu.
- Claro, Srta. Estefânia - respondeu o motorista indo embora.
Estefânia entrou com sua bolsa na farmácia correndo, e a atendente logo perguntou:
- Precisa de alguma coisa?
- Quero o melhor anticoncepcional - respondeu ela apressadamente.
Nesses dias ela esteve na Chimimera, não tinha a chance de sair, então não tinha como comprar o remédio.copy right hot novel pub