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Doce Vingança

VINTE E OITO - 2ª parte.

Ela provocou tudo desde o começo. A doença no coração não era nada genético como o médico havia dito. Ela fez tudo acontecer!

— Juro que fiquei feliz quando ela teve que se afastar do trabalho, pelo menos para algo aquelas malditas ervas serviram. Mas aí veio você e assumiu o seu lugar, Lara Dibuar. Eu odiava quando o meu pai nos comprava sempre que eu fazia algo que lhe desagrava.

A Lara é uma moça centrada. A Lara é uma garota inteligente. A Lara isso… a Lara aquilo… e no final ele sempre me perguntava: "porque você não é como a Lara?" E eu me perguntei, quantas vezes você deu para ele te ver com tantos apetrechos? — Fechei os meus dedos em punho, pressionando minhas unhas contra a palma da minha mão, louca para socar a cara dessa imbecil, mas eu precisava de mais. Eu precisava que ela confessasse o seu crime.

— Então armou toda aquela palhaçada só para me mandar ir embora? E por que matou a minha mãe? Era eu quem estava com o seu futuro noivo, por que a matou? — Valentina soltou um urro alto e sinistro que me causou arrepios na pele.

— Eu precisava impressioná-la Lara. Eu tinha que forçá-la e qual a melhor maneira se não atingir a seu calcanhar de Aquiles? Você não sabe o prazer que eu senti ao ouvir os gritos de sua mãe. — Engoli em seco e trinquei o maxilar com força. — Nossa, ainda posso ouvir as batidas desesperadas naquela porta, pedindo por socorro, gritando que a tirasse dali e eu só sai quando o silêncio finalmente chegou. — O sorriso de satisfação que abriu, a maneira como demostrava o seu prazer no que acabou de dizer…

— Meu Deus! — sussurrei fraquejando, só de imaginar tudo que ela passou naquele inferno. Em seguida veio dor e as lágrimas, que não pude segurar. — Ai! Ai! Eu a matei aquilo! — Suspirou sonhadoramente. — E agora eu matarei você! — Valentina estendeu seus braços, com a arma em punho e eu fechei os meus olhos, baixando minha cabeça em seguida.

— Agora! — ordenei com um tom baixo, em um minúsculo microfone que Gael pôs no pingente do meu colar, e em questão de segundos o escritório foi invadido pela polícia e alguns convidados também.

— Senhorita Richter, largue a arma, é a polícia! — Um dos policiais gritou, e todos os outros apontaram suas armas para um único alvo. Ergui o meu olhar para a minha pior adversária e sorri vitoriosa.

— Acho melhor você largar a sua arma, Valentina, eles não estão brincando. — Aconselhei debochadamente. Assustada, Valentina olhou ao seu redor e viu que não havia a menor chance dela sair desse escritório, a não ser morta ou presa.

— Não é justo! — sibilou com voz embargada, ainda aprontando a maldita arma, mas dessa vez suas mãos tremiam.copy right hot novel pub

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