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Doce Vingança

TRINTA E UM - 2ª parte.

Algumas semanas depois…

A festa da colheita, assim como qualquer outra festividade aqui em Florentina é muito movimentada, mas confesso que já não são mais como antigamente, com suas barracas do beijo, ou com as danças sincronizadas, mas ainda assim mantém aquele ar de simplicidade que eu sempre amei nesse lugar. As barracas de comidas típicas agora são armadas em um terreno baldio e o parque de diversões fica logo atrás delas. O movimento de pessoas durante as festividades é constante e ver o meu filho correr admirado com todas essas luzes e as cores do lugar me fascina. Ele aponta para tudo ao seu redor, e fala sobre tudo ao mesmo tempo, igual a sua falante tia Penélope.

Junto a essa festança também tem a posse de Felipe Camaleão. Sim, a Lara conseguiu que ele ganhasse as eleições e isso em tempo record, e por mais esse motivo estamos todos aqui, para prestigiá-lo. Logo mais a frente tem um palanque montado, para que o nosso candidato dê uma palavra de agradecimento aos moradores da cidade e fortaleça as promessas proferidas durante a sua campanha.

Minha vida tornou-se exatamente aquilo que tinha sonhado para mim. Estou com a mulher que amo, temos um filho e com a Donana, Penélope e Leon formando um misto de família, se é que me entendem. Não tive mais notícias de meu pai e confesso que não procurei saber nada sobre ele desde os últimos acontecimentos…

— Um doce por seus pensamentos. — Lara sussurrou colocando uma bola rosada de algodão-doce na minha frente, me despertando dos meus devaneios. Sorri, porque ela finalmente voltou para mim, para os meus braços, pois, não é mais aquela Lara séria, sempre na defensiva, sempre atenta tudo e a todos ao seu redor. É a minha doce Lara agora e aqui comigo outra vez. Só tinha uma coisa fora do seu lugar… ela ainda não corresponde aos meus sentimentos. Não importa o que eu faça, ela nunca diz que me amava e confesso que já não sei mais o que fazer para reconquistá-la.

Dei de ombros para a sua pergunta.

— Só estava vendo as mudanças que provocou nessa cidade — falei, mordendo a bola de algodão logo em seguida e depois a puxei para um beijo literalmente doce. Ela riu assim que nos afastamos.

— Mudanças boas, espero.

— Muito boas! — Tornei a beijá-la. Ela ficou em silêncio por um tempo, apenas me olhando e sorri desconcertado. — O que foi? — indaguei, pois, não era a primeira vez que olhava assim por esses dias.

— Nada, eu só… — Novamente o seu silêncio.

— O quê? — A incentivei a continuar.copy right hot novel pub

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