Modo escuro
Linguagem arrow_icon

Doce Vingança

UMA PALHINHA DE PENÉLOPE CLARCK - 3ª parte.

ALGUNS MESES…

— Calma, Penélope! Assim vai me fazer espetar o seu braço! — Donana resmungou, quando fiz mais um movimento brusco, no instante que pôs o alfinete na manga longa e rendada do meu vestido.

— Ai, não reclama, Donana, eu estou nervosa!

— Ainda não acredito que disse sim, para Leon. — Lara sibilou sorridente, enquanto mexia no longo e branco véu. Suspirei de nervoso e choraminguei.

— Eu também não. Ai Deus, onde estava com a cabeça quando fiz isso?!

— No coração. Porque toda essa aflição, se vocês se amam? Meu Deus! Me virei para encarar Lara e xinguei um palavrão quando Donana me furou. Irritada, desci do banco e olhei para as mulheres.

— Você sabe os meus motivos — rebati frustrada e me sentei no banco macio.

— Sim, eu sei e devo dizer que são motivos infundáveis, dona Penélope! Oh, querida, nós já conversamos sobre isso! — Solto uma respiração alta e deito minha cabeça em seu peito, quando ela de acomoda ao meu lado.

— Eu sei, mas não consigo evitar — lamento e a abraço. — E se a maldição ainda não acabou? E se…

— Penélope, respira! — Lara pediu docemente e eu fiz. — Não vai acontecer nada…

— E se acontecer?

— Não vai, eu prometo. — Sorri de boca fechada e me forcei a acreditar em suas palavras. Levantei-me do banco, forçando uma animação e subi nele, para que Donana finalizasse o seu trabalho.

A cerca de trinta dias, em um jantar na casa dos Lincon, Leon teve a indelicadeza, posso assim dizer, de me fazer um pedido de casamento. Confesso que suei frio e que meu coração parecia que ia sair do meu peito a galope. Um filme se passou em minha mente, mas o afugentei para atrás do meu cérebro, para um catinho bem apertado e escuro e disse sim para ele.

Ai, se arrependimento me matasse!

Enfim, tudo estava as mil maravilhas, pois tive não sequer tempo de pensar nesse momento, pois estava constantemente ocupada com os preparativos e enxovais, e tudo mais. O que mudou? A bendita calmaria chegou e agora enxergo com mais clareza o que fiz.

Anos de terapia não apagaram a ideia de que Leon está em perigo unindo-se a mim e o pior é que estou falhando evitar o seu trágico fim. Não sei se consigo evitar pensar nisso em cada passada que ele dá em direção do altar e acho que vou surtar.

— Ai! — berrei quando senti mais uma alfinetada, dessa vez no meu bumbum e imediatamente alisei o local.

— Meu Deus, Penélope, você parece uma criança imperativa! — Donana retrucou, ajeitando o seu corpo, para me olhar nos olhos.

— Quer saber? Já chega! Preciso resolver isso agora! — Saltei para fora do banco outra vez e caminhei pisando duro para fora do quarto.

— Espera, aonde vai, sua maluca?! — Lara sibilou preocupada logo atrás de mim.copy right hot novel pub

Comentar / Relatar Problema no Site