- Também não vimos. Ele correu depressa com um chapéu - responderam duas mulheres.
Gilberto acenou com a cabeça:
- Parece que o assassino escondeu seu rosto de propósito.
Nesta altura, o gerente do restaurante veio apressadamente com alguns policiais.
- Quem chamou a polícia? - perguntou um policial mais velho.
A mulher que chamou a polícia levantou a mão:
- Fui eu.
- Diga, o que aconteceu? - o policial folheava o caderno na mão e estava prestes a registar.
Ela olhou para Andreia, que acenou com a cabeça, e falou tudo.
Virgínia pegou a mão do policial:
- Por favor, prenda o assassino!
- Sim, por favor - disseram as duas crianças.
Gilberto não disse nada, abaixou os olhos e pensou em algo.
- Não se preocupa. É nosso dever - o policial consolou Virgínia e as crianças, e depois, retirou a mão e fez perguntas a Andreia.
Depois do registo, ele franziu as sobrancelhas:
- É muito complicado!
- Qual é o problema? - perguntou o gerente do restaurante.
Ele não pôde ficar com calma quando quase ia morrer uma pessoa no restaurante que ele governava.
- De acordo com a senhorita, o assassino foi especialmente disfarçado. Aliás, aqui é banheiro, sem monitor. Por isso, não poderia saber a cara dele nem figura e altura - suspirou o policial.
- Tem monitor no corredor - disse o gerente apontando o teto.
Gilberto escolheu as sobrancelhas:
- Sério? Ótimo, a câmera deveria capturar o assassino fugindo da cena. Que tal irmos ao quarto do monitor?
- Pode ser. - O policial acenou com a cabeça.
Virgínia ajudou Andreia a descer de cadeira, e depois dirigiram-se para sala de monitoramento.
Como Gilberto disse, a câmera capturou o assassino quando ela saiu do banheiro feminino, mas, infelizmente, não foi possível o identificar.
Neste caso, o policial propôs que voltasse para a delegacia de polícia e fizesse um registro antes de começar a investigar.
Antes de sair do restaurante, Andreia espirrou algumas vezes.
Virgínia virou-se e perguntou ao gerente:
- Vocês têm secador de cabelo? Deixa minha filha secar o cabelo primeiro, ou ela vai pegar gripe.
- Sim, temos. - O gerente acenou com a cabeça.
Virgínia pediu para Gilberto tratar das crianças e seguiu atrás do gerente com Andreia para secar o cabelo.
- Ela é Andreia, né? - gritou um homem com um rosto amável, atrás de uma janela do quarto no segundo andar.
A seguir, ele pegou o telefone e fez uma chamada:
- Ravi, você sabe quem eu vi?
- Quem? - Raviel fixou os olhos no computador e respondeu friamente.
Kristofer virou os olhos e riu:
- É Andreia.
Raviel parou de bater no teclado:
- Andreia?
- Sim.
- Onde viu ela? - Raviel desligou a amplificação do telefone e colocou o celular no ouvido.copy right hot novel pub