Andreia estacou.
Que diabos estava acontecendo?
- Mamãe... - murmurou Giovana com medo, se escondendo em seu colo.
- Não tenha medo, você tem mamãe - disse Andreia abaixando a cabeça para confortá-la.
- Mamãe, parece que fomos escolhidos para participar de algum jogo - disse Daniel apontando para o homem que vinha em sua direção.
O homem ouviu justamente as palavras de Daniel e sorriu em confirmação:
- Isso mesmo, hoje é a comemoração de um ano do restaurante, então organizamos esse jogo, se participar, terá prêmios mesmo que não ganhe. A senhora está interessada?
- Prêmio? - ao ouvir essa palavra, Giovana jogou o medo para o lado e saiu do colo de Andreia, olhando com ansiedade para o homem. - Vovô, que prêmio?
Vovô?
O homem teve um espasmo no rosto, e passou as mãos inconscientemente pela cabeça, afagando os poucos fios que tinha. A tristeza tomou conta dele, mas ainda tinha que manter o sorriso no rosto:
- É um grande urso de pelúcia.
- Urso de pelúcia? - o brilho nos olhos de Giovana aumentou, e ela puxou a roupa de Andreia. - Mamãe, Vanna quer o urso de pelúcia.
- Mas... - Andreia se sentiu um pouco incomodada, sem saber o que fazer.
De um lado, ela não queria decepcionar sua filha.
Do outro lado, ela temia que o pai dessas crianças estivesse aqui, e se eles forem parar no palco, chamariam ainda mais atenção dele.
- Mamãe - Daniel a chamou levantando a cabeça. - Já que Vanna quer, então vamos participar, eu também quero brincar. Faz tempo que não brincamos juntos.
Vendo que tanto a filha como o filho queriam participar, ela não teve jeito.
Então ela tirou dois bonezinhos vermelhos da bolsa para eles usarem, e lhes vestiu seus casacos, tentando cobrir seus rostos ao máximo.
Assim, não chamariam mais tanta atenção, certo?
- Então está bem, vamos participar. Mas assim que conseguirmos o prêmio, vamos embora - disse Andreia.
- Oba! - comemorou Giovana.
E então, Daniel seguiu atrás do homem para sortear o jogo no palco.
No segundo andar do restaurante, um homem de aparência fofa e vestido casualmente estava debruçado sobre a janela, olhando para baixo com animação.
Assim que viu Daniel, ele se virou e foi bater no ombro de outro homem que estava sentado no sofá ao seu lado, exalando nobreza.
- Ravi, vem ver quem está aqui!
Raviel inclinou de leve a cabeça e deu um tapa na mão que estava em seu ombro;
- Tira sua mão de mim!
Kristofer fez uma cara fria.
- O que foi? Não deixa mulher nenhuma te tocar, agora nem pode homem?
Raviel nem lhe deu bola, continuando a analisar o gráfico de indicadores financeiros em seu tablet.
Kristofer ficou tonto só de dar uma olhada naquilo, então voltou seu olhar para o andar de baixo, dizendo:
- Não sei o que tem de legal em olhar essas coisas, é muito mais interessando olhar para aquela criança que se parece tanto com você.
- O quê? - a orelha de Raviel se mexeu.
- Está ali, ô! Está de boné, quase não o reconheci, mas como sou um médico, meus olhos são muito bons.copy right hot novel pub