- Já que não quer contar, então não conte, mamãe não queria saber mesmo! - disse Andreia apertando sua bochecha.
Daniel mostrou a língua para sua mãe e olhou em direção à cadeira do motorista.
- Titio Raviel, podemos ir? - perguntou o pequeno, ele já estava ansioso para colocar os planos em prática.
Raviel virou de leve a cabeça e se deparou os cabelos macios de Daniel balançando na frente de seus olhos, tendo uma vontade impulsiva de afaga-los.
Mas sua expressão era indecifrável para os outros.
- Podemos sim, mas você sente direito - disse Raviel tocando na direção.
Daniel assentiu e sentou-se ao lado de Andreia obedientemente.
Assim que o carro deu a partida, Giovana bocejou exageradamente e disse:
- Mamãe, Vanna está com sono, quer dormir.
- Então durma, quando chegarmos eu te aviso - disse Andreia colocando sua pequena cabeça deitada sobre a própria coxa.
O rosto carnudo de Giovana se esfregou na sua perna, procurando por uma posição confortável, e então fechou os olhos. Em pouco tempo, já estava adormecida, e ainda roncava de leve.
Vendo isso, o canto da boca de Daniel se levantou imperceptivelmente.
Muito bem, sua irmãzinha era uma ótima parceira.
Ele pediu que ela fingisse dormir para ter um motivo de forçar titio Raviel entrar dentro de sua casa, mas não imaginava que ela realmente dormisse.
Mas isso é melhor ainda, fingir dormir ainda poderia despertar suspeitas, agora estava tudo seguro e garantido.
Foi um caminho silencioso até chegarem ao condomínio.
Raviel ajudou a colocar Giovana no sofá antes de analisar este apartamento.
Este apartamento tinha apenas dois quartos, era muito menor do que o dele, mas a decoração era aconchegante, parecendo perfeito para morar uma família.
Mas o estranho era, dentro da casa, tinham apenas coisas femininas e infantis, não tinha nenhum rastro masculino.
- Seu marido não mora aqui? - perguntou Raviel, sem saber o porquê disse sua dúvida diretamente.
Andreia estava preparando café para receber Raviel, e ao ouvir sua pergunta, ela nem teve tempo de pensar direito antes de responder:
- Marido?
- Aquele doutor de ontem, não era seu marido? - Raviel disse a encarando.
Andreia abaixou o olhar para disfarçar o receio.
- Sim, mas ele quase sempre está no exterior.
- Jura? - Raviel assentiu impassivelmente e continuou em silêncio.
- Mamãe, eu achei o copo, toma. - Nessa hora, Daniel apareceu e enfiou uma xícara nas mãos de Andreia.
Andreia afagou sua cabeça e disse:
- Então tá, mamãe vai preparar o café, você fica aqui com titio, não faça bagunça.
Daniel acenou com a cabeça, sério.
Andreia entrou na cozinha, e então Daniel girou os olhinhos espertos.
- Titio, estou com fome, poderia pegar os biscoitos para mim? - disse Daniel afagando a barriguinha e apontando para o topo da geladeira.
Ele seguiu o olhar na direção em que o pequeno apontava. Tinha todo tipo de guloseima sobre a geladeira, tanta coisa que chegava a deixa-lo tonto.
Ele franziu o cenho, claramente emburrado.
Andreia comprou tanta besteira para as crianças?
Ela não sabe que isso não faz bem para elas?
Como se tivesse lido os pensamentos de Raviel, Daniel explicou:
- As guloseimas foram todas compradas pela nossa madrinha, mamãe não deixa a gente comer muito normalmente, ela disse que iríamos ficar com cáries. Por isso ela escondeu tudo ali encima, para que não pudéssemos alcançar.
Então era assim?
O cenho de Raviel se suavizou.copy right hot novel pub