- Tá!
Desliguei o telefone.
Não quis voltar para a villa, então fui de táxi para o Apartamento Prudente.
O que soube nessa tarde me deixou desanimada demais. Fechei o celular diretamente, tranquei a porta e caí no sono no apartamento.
Estava com dor de cabeça, pois não dormi bem. Pareceu que alguém estava quebrando a porta, o barulho afastou meu sono totalmente.
Saindo do quarto, descobri que a porta foi quebrada. Guilherme franziu as sobrancelhas e ficou na porta.
Observando que estava desanimada, ele disse com voz baixa:
- Por que veio aqui? Por que não atendeu ao telefone?
Esfreguei o espaço entre minhas sobrancelhas e respondeu levemente:
- Meu celular está fechado. Conserte a porta, por favor. - Virei-me para quarto acabando de falar e tentei dormir de novo.
Deitei-me na cama, não me senti nenhum sono. Só olhei para o teto e minha mente estava vazia.
Guilherme entrou no quarto. Vendo que eu estava fazendo nada com os olhos abertos, ele me puxou na cama:
- Precisa comer alguma coisa.
- Não estou com fome! - Era verdade.
Ele franziu as sobrancelhas e disse com voz baixa:
- Por que veio aqui?
- Porque quero vir aqui.
- Kaira! - Aumentou o volume. - Não quero ficar com raiva de você, mas pode me deixar saber a razão? A maneira de saber no que está pensando sempre é adivinhar, estou cansado.
Sua voz estava rouca, pude sentir seu cansaço.
Era verdade. A maneira que tratei as coisas não era sensata.
Olhando para ele, não deixei de me lembrar daquelas coisas e perguntei:
- Guilherme, ficou triste sobre o bebê de Lúcia?
Perder um bebê, era um assunto muito dolorosa, né?
Ele franziu as sobrancelhas:
- Esse caso já passou por muito tempo!
Acenei a cabeça:
- Eu sei, é apenas uma pequena pergunta. - Parei um pouco, e não deixei de dizer sozinha. - Se perder esse bebê, vai sentir dor?
- Kaira! - Segurou minha mão com força, deixando que senti dor. Sua expressão tornou ruim. - Quem encontrou hoje?
A dor de cabeça ficava cada vez mais grave, eu não tive vontade de falar mais e me apoiei em seu peito:
- Já passou, não é importante mais.
Caímos num silêncio frio. Soube que estava irritado, mas não quis explicar mais, só fechei os olhos.
No momento, alguém o telefonou. Endireitei-me e quis sair de seus braços, mas foi impedida por ele, e ele atendeu ao telefone.
- Alô? - Ligou o telefone no viva-voz.
- Guilherme, tomo a posição de minha mãe na empresa na Cidade de Rio recentemente e pretendo ir lá amanhã. Está ocupado? Pode me pegar no aeroporto?
Foi Lúcia.
Mudei minha cabeça.copy right hot novel pub