Eu estava com ódio. Ódio da vida, da Isabella, daquele velho e principalmente de eu mesmo por ter me deixado envolver com ela. E olha o que aconteceu agora? Ela me deixou. O que não é uma surpresa já que todos vão embora, mas as palavras dela é o que mais me doíam até agora.

Estava voltando para casa, eu só queria sumir e esquecer isso tudo e é o que vou fazer.

Cheguei em casa e estacionei o carro de qualquer jeito.

— Senhor, me desculpe pelo imprevisto de mais cedo. — disse o chefe dos guardas que não viram a Isabella indo embora.

— Todos estão dispensados, acabou. — disse entrando em casa.

Rose já me esperava na sala, quando me viu veio logo me abraçar.

— O que aconteceu meu filho? — perguntou ela.

— A mesma coisa de sempre. — disse — Ela me deixou. — disse soltando o ar que nem percebi ter prendido.

— Oh! Sinto muito, querido. Sei que você não demonstrava, mas sentia algo por ela. — disse Rose. Essa hora eu já estava fora dos seus braços andando de um lado para o outro, tentando esquecer tudo, e essa conversa não estava ajudando. Peguei um vaso de porcelana e o lancei na parede, Rose se assustou. Eu precisava extravasar essa raiva.

— Eu me senti sozinho Rose, aquela filha da puta… — não terminei, porque eu não conseguiria, a minha raiva e ansiedade era tanta. O estresse estava me causando uma enxaqueca horrível. — Eu quero sumir Rose, mas não é como se eu ainda estivesse na minha infância, onde se as coisas não ficassem bem, me escondia de baixo do cobertor esperando a mamãe me dar um beijo e falar que estava tudo bem. As coisas não são assim e a mamãe não está mais aqui. Como ela ousou me deixar? Eu era tão… frágil, pequeno, mas… feliz. Tudo desmoronou em um piscar de olhos. Rose, eu só preciso de um tempo. — disse tudo muito rápido, como se aquelas palavras estivessem entaladas na minha garganta.

Rose veio me abraçar novamente, dessa vez eu chorava e ela também.

— A sua mãe estava doente não a culpe, ela te amou mais que qualquer um nessa vida, mas todos vão embora um dia meu filho. — disse ela fungando.

— Vamos dar um tempo para isso tudo. Eu quero sair daqui, você vem junto. Não quero que ninguém saiba onde estamos. — digo a ela.

— Como querer, mas e a empresa? — perguntou.

— Eu me demiti. — ela parou o carinho imediatamente, eu sabia o que ela pensava em relação a isso.

— Ettore, você sabe o quanto a sua mãe se dava por aquela empresa? Ella confiou a Kanennberg 's a você, não a decepcione. Aprenda a lidar com o seus problemas de frente, não crie atalhos, tenho certeza que sua mãe criou um homem e não um menino inconsequente.copy right hot novel pub