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Treinador de Submissas

Capítulo 69

Isabella narrando

Ettore estava com uma expressão calma enquanto estava dormindo, aliás, ele está dormindo desde quando cheguei aqui e essas horas me fez pensar o quanto estou me arriscando estando perto do Ettore, mas se ninguém souber que estou cuidando dele não vai chegar aos ouvidos do Jovi.

Meus pensamentos foram interrompidos pela inquietação de Ettore na cama, ele ficava se mexendo como se algo o estivesse incomodando, talvez seja só um pesadelo novamente.

Suas mãos estavam agarradas nos lençóis e sua respiração estava acelerada, ele estava suando frio, me aproximei a fim de acorda-ló e acabar com o seu sofrimento no sonho.

— Ettore. — o balanço, mas ele não reage.

— Ettore. — o chamo mais alto, ele agarra meu braço me fazendo querer recuar, mas ele me segurava forte.

— Ettore se acalme sou só eu. — disse, ele me olhava com uma expressão de assustado, ainda não me soltando. — Me solta, está me machucando. — digo, ele me solta ainda me encarando, massageio meu braço o sentindo dolorido. — O que houve? — perguntei, ele começou a fitar o nada.

— Tive um pesadelo com a minha mãe. — disse ele.

— Se foi com a sua mãe presumo que não foi um pesadelo e sim um sonho. — disse.

— Não sabe o que está falando. — disse ele, estranhamente quieto. — Meus pesadelos tinham parado, mas depois que o Carlan voltou só piorou. Toda vez é com a minha mãe. — disse ele, seus olhos estavam vermelhos.

— A sua mãe te amava, Ettore. — disse, mas ele negou olhando para o vazio.

— Não, se ela amasse de verdade ela não teria morrido. — disse ele voltando a me fitar.

— Ettore, as pessoas não têm culpa de morrerem. Acredito que cada um tem uma missão na terra, sua mãe cumpriu a dela e foi embora. Não é culpa dela. A doença a matou. — disse a ele que me olhou sorrindo sem nenhuma graça.

— Ela escolheu esse caminho, ela sabia que estava na beirada do penhasco, mas mesmo assim ela não se importou e continuou andando para trás. Isso é egoísmo. — disse ele suspirando, suas veias da testa estavam cheias.

— Ela viveu até onde pôde por você Ettore, não acho que isso tenha sido egoísta. — disse, ele me olhou negando.

— Ela viveu pelo meu pai. Aqueles anos todos só foram só por meu pai, tanto que quando ele foi embora ela morreu dias depois, sem se importar com quem iria ficar. — disse ele.

— Ettore, não é assim… — disse suspirando.

— Meu avô não disse toda a verdade sobre a minha mãe, eu não lhe disse toda a verdade. — disse ele com os olhos cheios de lágrimas.

— Do que está falando? — perguntei confusa.

— Quando o Carlan foi embora a minha mãe ficou devastada e ela precisava encontrar um alívio em algo, então ela passou a usar pílulas, ela ficou viciada e aquelas pílulas só lhe fazia mal, então passou algumas semanas e ela descobriu que estava com câncer. — disse ele, seus punhos estavam cerrados. — Mas a doença não se desenvolveu nela naturalmente e sim por causa das pílulas. Ela estava se matando lentamente e eu não poderia fazer nada. Todos falam que foi o câncer, porque ninguém quer enxergar a verdade, mas eu enxergo, vejo tudo Isabella, e não foi o maldito câncer que a matou, foi as pílulas e o meu pai quando nos abandonou. — disse ele recuperando o fôlego por ter falado sem parar, ele estava com expressão de dor e lágrimas descendo por seu rosto.

— Sinto muito pela sua mãe. — disse, as lágrimas embaçavam as minhas vistas, mas eu não queria chorar, não na frente dele.copy right hot novel pub

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