As pessoas se entreolharam, mas ninguém respondeu.
Andreia percorreu o olhar rigoroso por eles, um após o outro:
- Quem descobriu primeiro a danificação das roupas?
- Descobrimos juntos. - Três moças levantaram a mão na multidão.
Andreia caminhou para elas:
- Então me digam, que horas eram quando vocês vieram?
- Não nos lembramos do horário exato, mas deveria ser por volta das 6h00.
- E quando vocês entraram, as roupas já ficaram danificadas?
- Sim. - As três moças acenaram com a cabeça.
Andreia abaixou as pálpebras. Depois de ponderar uns segundos, ela contornou os assistentes, caminhando para a entrada para verificar a fechadura.
Ao ver a fechadura em bom estado, o rosto dela se tornou imensamente gélido.
As roupas foram prejudicadas antes das 6h00 de manhã, o que significava que o infrator entrou ontem à meia-noite sem quebrar a fechadura. Obviamente, isso teve a participação de funcionários do pavilhão da moda.
Pensando nisso, Andreia olhou para os assistentes de vestuário e disse em voz pacífica:
- Gente, permaneçam aqui. Não podem sair do camarim sem minha autorização. Senão, não me culpem por ser rude!
Depois, ela saiu do camarim em grandes passos rumo à sala de monitoramento e chamou a polícia ao mesmo tempo.
Apesar de saber que a verificação podia ser em vão, ela ainda queria tentar.
Tal como a previsão dela, o monitoramento não apresentou nenhuma suspeita.
Ela viu o monitoramento duas vezes por velocidade 3X, desde quando ela deixou o pavilhão até às 6h00 de manhã. Nesse período, tanto o camarim, quanto os corredores à direção dele, não contaram com a entrada de ninguém.
Isso é impossível. As roupas foram rasgadas, mas ninguém entrou no camarim.
Andreia pensava sempre que havia alguma estranheza, mas não podia dizer. Sem jeito, ela tinha que pedir o vigilante para copiar o vídeo de monitoramento e mandar para o celular dela, para uma análise posterior.
O mais urgente no momento são as roupas!
Voltando para o camarim, encontraram-se mais pessoas lá. Eram as modelas que iam fazer o desfile daqui a pouco.
Ao ver as roupas danificadas, as modelas brigaram muito.
Andreia esfregou as têmporas, prestes a bater as palmas para as quietar. Nesse momento, de repente veio uma voz maliciosa à porta:
- KKK, que movimentado!
Judite!
Andreia se virou de imediato e viu Judite encostada na porta. Ela franziu as sobrancelhas ligeiramente:
- Porque é que você veio?
- Ouvi dizer que suas roupas para o desfile foram rasgadas. É claro que eu vim para assistir a sua piada - disse Judite, que estava contente pelo azar dela.
Andreia comprimiu os lábios:
- Com quem você ouviu dizer?
- Isso não tem a ver com você.copy right hot novel pub