Estávamos finalizando o almoço, quando a empregada se aproxima e fala algo no ouvido de Helena. Ela sorri, muito jovial.
— Diga para ele me esperar lá fora — diz para a empregada, e depois nos encara. — Bem, boa tarde para vocês. Raissa, qualquer coisa me liga no celular.
Raissa acena um sim. Hassan ofega, extremamente incomodado com a presença dela. Ele permanece de cabeça baixa, enquanto remexe a comida.
Helena se levanta e se afasta. Hassan se recosta mais na cadeira e a procura com os olhos. Olha em sua direção com um ódio mortal que dá medo. Então limpa a boca no guardanapo e encara Raissa.
— Raissa, esse cara já entrou aqui? — pergunta, entredentes.
Ela ofega.
— Não, ela sabe que você não permite.
Hassan endurece mais o olhar.
— Caso ele pôr os pés dentro desta casa, quero que me conte. Se eu descobri que me traiu, nem sei o que faço, Raissa!
Ele então se levanta e me procura com os olhos.
— Karina, fique com Raissa.
Como assim? Eu me questiono.
— Por quê?
— O ambiente não estará muito bom no cemitério. Não sei como eles irão me receber.
— Hassan, conversamos sobre isso, eu quero estar ao seu lado.
Ele nega com a cabeça.
— Não!
Hassan sai, finalizando qualquer argumento que eu possa ter. Sobe a escada com passos decididos.
Eu solto o ar que estava preso na minha garganta e encaro Raissa. Ela respira fundo.
— Vai se acostumando, quando ele decide alguma coisa, nada muda a cabeça dele.
— É? Então veja… — eu digo, e me levanto da cadeira.
Raissa arregala os olhos.
— O que irá fazer?
— Vou me trocar e esperá-lo.
Raissa fica vermelha e ri.
— Allah! Boa sorte, então.
Eu assinto.
Dez minutos depois, estou pronta sentada ao lado de Raissa na sala. Com meu vestido preto, com um corte clássico abaixo dos joelhos. O decote canoa não revela nada do meu colo.copy right hot novel pub