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O Egípcio

58- Três dias?

Eu sorrio para ele, suas palavras me esbraseiam, e eu tomo a boca dele e o beijo com ardor. Hassan se inclina e intensifica o beijo, depois escorrega os lábios para o meu pescoço. Eu arqueio de prazer e um gemido mais alto me escapa. Mas ele para e pega a minha testa e me beija, muito carinhoso para o meu gosto.

— Não podemos avançar mais do que isso.

Eu o encaro estupefata.

— Por quê?

— Tenho uma promessa a cumprir e quero que você se case comigo como manda a minha tradição. Como uma virgem que você é…

— Verdade, a promessa… — digo, não posso disfarçar o desapontamento em minha voz. Seus olhos deslizam impassíveis sobre mim.

— Esta semana irei acelerar a reforma da nossa casa. E vou correr com os preparativos do casamento.

— Casa? Que casa?

— Eu tenho uma propriedade a algumas quadras depois de onde moro. É lá que vamos morar.

Deus! Com ele é tudo tão rápido.

— Entendo. Como será o casamento? E quando você pretende marcar a data?

— A cultura egípcia é uma das mais ricas e originais do mundo. As festas impressionam pela beleza e pela preservação das tradições. Das celebrações, o casamento é, sem dúvida, a festa mais bonita e mágica, que combina cores, rituais simbólicos, danças envolventes e mesa farta. O cortejo árabe é marcado pelas simbologias, e as festas costumam durar três dias. Cada um é marcado por uma prática diferente.

— Três dias?

— Sim, o primeiro dia é reservado para a cerimônia oficial, quando acontece a troca de alianças e é lido o contrato de casamento e, caso haja consentimento, os noivos assinam. O segundo é dedicado à noiva, e nele a mulher é produzida para o casamento. São feitas as famosas tatuagens de hena nos pés e nas mãos, que simbolizam o amor e a alegria. De acordo com as tradições árabes, elas trazem fortuna e felicidade aos pares. No terceiro e último dia, é realizada a festa de casamento.copy right hot novel pub

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