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Treinador de Submissas

Capítulo 20

— Vamos descer aqui, depois você estaciona. — Disse para o motorista que parou na mesma hora. Desci do carro esperando a Isabella sair, mas ela estava demorando. Abri a porta do carro sem paciência, ela estava sentada e parecia tremer. Não entendi o porquê, mas também não perguntei.

— Não tenho a noite toda. — Disse.

A garota me olhou hesitando, mas saiu do carro. Comecei a andar, mas Isabella continuou parada, fiz sinal para que ela me seguisse e só então veio de encontro a mim.

— É um hospital? — Perguntou ela.

— É uma clínica. — Disse curto.

— Não dá no mesmo? — Perguntou passando as mãos na calça, provavelmente suadas.

O que realmente estava acontecendo com ela? Parecia nervosa ou com medo.

— Qual o problema? — Perguntei.

— Não é nada, mestre. — Disse inquieta. Era estranho, mas resolvi deixar para lá.

— Então, vamos! — Disse começando a andar.

— Mestre? — Chamou. Virei novamente para trás a olhando sem entender.

— O que foi? — Já estava sem paciência.

— É… hum… o senhor poderia… hum… — Ela estava sem jeito, ou melhor, com vergonha.

— Fale de uma vez.

— Pegar na minha mão? — Perguntou baixo.

— Fale mais alto, não entendi. — Disse.

Ela pigarreou.

— O senhor poderia pegar na minha mão? — Perguntou com clareza.

— O quê? — Perguntei erguendo uma sobrancelha.

— O senhor escutou. — Disse abaixando a cabeça.

— Quer que eu segure a sua mão? —Perguntei, ela assentiu. — Por quê?

— É que minha mãe sempre pegava na minha mão qucerimeu precisava ir em hospitais ou algo do tipo, então pensei… — A cortei.

— Não sou a sua mãe. — Disse sem cerimônias.

— Eu sei, mas, é só que… deixe para lá, perdão. — Desconversou corando.

— Tem medo de hospitais? — Perguntei, ela se abraçou assentindo.

— Tenho fobia de hospitais ou lugares semelhantes, desde muito pequena. — Disse ela, direcionando seus olhos espantados a mim.

Não ligo para sua fobia, não estava nos meus melhores dias para me preocupar com isso.

Comecei a andar sem dizer nada, ela logo veio atrás. Entrei no hospital caminhando em direção a moça da recepção.

Isabella se sentou em uma cadeira me esperando.

Terminei de checar a hora marcada e fui chamar a Isabella, mas recuei quando percebi que ela estava pálida e suada, suas mãos estavam claramente tremendo, não só as mãos como o corpo também. Isabella olhava para os lados como se alguém estivesse a observando, ela estava surtando.

A garota não percebeu a minha presença, pois, estava focada em observar desesperadamente o local.

— Ei! Se controle! — Disse a ela, mas ela não me deu a atenção. Olhei para os lados e algumas pessoas olhavam a cena.

A garota começou a puxar os cabelos da nuca arrancando vários fios de cabelos.

— Isabella! — Chamei, mas mesmo assim ela não me deu ouvidos. — Isabella! — Chamei novamente, desta vez agarrando a sua mão e puxando da sua nuca.

— Pare! Você está se machucando. — Disse, ela estava com os olhos cheios de lágrimas.

Isabella estava sofrendo um ataque nervoso provavelmente por conta da fobia.

— Estou aqui, ok? — Disse segurando a sua mão e entrelaçando os nossos dedos. Ela voltou a me olhar e depois encarou as nossas mãos.

— Obrigada. — Sussurrou.

Esperei um tempo para ela se acalmar e nesse curto tempo fiquei a observando.

— Vamos! — Disse ainda de mãos dadas. Não iria soltar a sua mão, ela parecia confortável, mas ainda nervosa. — A trouxe aqui para cuidar da sua cicatrização, pois, não quero que fique nada marcado em suas costas, então vamos começar um “tratamento”. — Disse, ela assentiu.copy right hot novel pub

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