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Um Sheikh no Brasil

Capítulo 14 - Seth

A espera parecia ser mais angustiante do que a que eu tive que esperar enquanto achava que nunca conseguiria chegar ao Brasil. Eu sabia que a cirurgia era demorada, mas Agnes parecia realmente está surtando com toda a espera que não acabava mais.

— Eu não aguento maaaaaais. — Ela disse jogando a sua cabeça sob o meu colo enquanto fechava os olhos e suspirava. Não pude deixar de ficar olhando a sua beleza que tanto tinha me hipnotizado, seus olhos fechados e angelicais, seus lábios como um pequeno botão avermelhado que só me faziam sentir à vontade de beijá-los ainda mais.

— Por que demora tanto, Seth? — Ela perguntou fazendo um pequeno biquinho com os lábios e eu sinceramente não conseguia responder. Na verdade, eu também não estava aguentando o tempo de demora. Parecia que não acabaria nunca.

Foi com um susto que eu e Agnes levantamos enquanto o doutor aparecia e procurava a mãe de Agnes que voltava naquele segundo do banheiro.

Levantamos todos com uma certa espera e agonia, esperando que nada de errado pudesse ter acontecido com Sophia. O médico tinha um ar de cansado e nenhuma expressão no rosto, o que nos deixava com relativo medo do que seja lá o que ele poderia querer dizer. Esperamos.

— A cirurgia de Sophia deu certo. Muito embora, o período imediatamente posterior seja o mais crítico. Esperamos que o corpo dela não rejeite o novo órgão. — Disse o doutor enquanto uma sensação de alívio parecia tomar conta de nós. Agnes apoiou-se em mim e eu enlacei o meu braço sobre o seu enquanto via que ela parecia muito aliviada e de certa forma eu também estava.

— Minha filha então...? — Perguntou Martha e o doutor pareceu ler os pensamentos dela enquanto dizia:

— Está indo para observação. De madrugada provavelmente estará indo para um quarto. Estamos bem otimistas. — Disse o médico sem dar tempo de que sequer pensássemos a respeito disso: — Eu acho melhor Vocês irem descansar. Amanhã de manhã certamente teremos mais notícias. Ficar aqui não vai resolver mais nada do que já está resolvido. — E concordamos com o que o médico dizia esperando que ele saísse para decidirmos o que fazer. Decidi então propor:

— Eu levo vocês para casa. — E as mulheres concordaram com o que eu dizia enquanto me acompanham. Agora só bastava esperar.

A viagem para a casa delas foi em um silêncio absoluto. Eu estava dirigindo com o auxílio do GPS, muito embora Alfred estivesse atrás com um medo que era só dele de que algo acontecesse comigo. Mas era bem típico de Alfred. Eu só esperava que não me perdesse, pois realmente não estava acostumado a dirigir naquele transito maluco.

— Agnes, convide-o para jantar com a gente. — Disse Martha baixinho para a filha, mas eu ouvi. E claramente entendi. Eu acho que ela não tinha entendido muito bem que embora eu não conseguisse ter dicção perfeita com as palavras para responder, eu conseguia entender perfeitamente o que ela estava dizendo.

Fui pego no flagra olhando para as mulheres pelo retrovisor quando os olhos de Martha encontraram os meus e acho que com aquela intuição que só mãe tem, porque é a única opção que encontro para tal compreensão, ela parece entender que eu compreendi o que ela disse, já que ela continua falando:

— A comida talvez seja um pouco simples para uma pessoa tão rica como o senhor, mas se o senhor aceitar.copy right hot novel pub

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