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Um Sheikh no Brasil

Capítulo 53 - Agnes

O terceiro dia não foi um pesadelo tão grande. Quer dizer, nem tive tempo para respirar para tal. Então não sei se posso falar algo. Comecei o dia abrindo milhões de presentes entregues, o que me tirou a manhã inteira! Sério! Isso porque eu planejava entregar o presente que eu havia comprado para o Seth já de manhã, mas tive que mudar os planos e deixar para a tarde. Depois, veio o almoço. Havia tanta comida que eu nem sabia por onde começar. Felizmente, Zilena e Rashid me saudaram como pertencente à família deles e as lágrimas me impediram de escolher o que comer.

― Queremos dizer que pela benção de Alá e por mim enrustido, o casal tem a benção dos pais do noivo para ter uma família plena e feliz, forte e com muito amor, e que a benção de Alá caia sobre vocês, pois desejo ter um neto. ― Disse Rashid rindo e todos da mesa começaram a rir, principalmente depois de Vovó falar:

― Nem me fala! Tá difícil de ter meus bisnetos! ― E eu apertei os dedos de Seth que estavam acomodados gentilmente sob meu colo, agradecendo por ter ele ali a me dar segurança e tranquilidade. Depois do almoço regado de especiarias, minha família não aguentou a sesta e alguns subiram para dormir nos quartos, outros se jogaram nos puffs de uma das alas da mansão.

Aproveitei o momento para puxar Seth. Era o momento oportuno para dar o presente dele. O sol já se punha, o que era lindo de se ver, com as nuvens alaranjadas e vermelhas que tocavam o céu num esplendor de cores, dando uma sensação mágica e até de certo modo aconchegante para a noite que ainda estava por vir.

― Estamos indo atrás de outra dose? ― Perguntou me Seth e eu gargalhei empurrando ele com a mão.

― É óbvio que não! Eu quero te dar uma coisa.

― Aceitaria muito bem se fosse você, Ag. ― Revirei os olhos. Acho que até Seth não estava nada feliz com a demora do casamento.

Estávamos na área da piscina da casa dele, onde outrora tudo havia começado, onde o algo mais entre nós começou a florescer e crescer até se tornar outra coisa mais. Foi o local do início. Era o local perfeito para selar a infinitude do fim.

― Eu estava lendo que na cultura árabe, há o costume de que quando um casal se casa, a mulher tem o costume de presentear o marido. ― Esperei para ver se Seth falaria alguma coisa, mas ele estava quieto demais me encarando como se eu falasse uma língua desconhecida. Continuei:

― E eu pensei... Porque não faço essa surpresa para o meu amor? ― Seth deu um mini sorriso, suficiente para que uma das covinhas aparecesse. ― Mas então veio o problema. O que dar a um homem podre de rico e que tinha tudo o que queria? ― Arqueei a sobrancelha testando se ele iria negar o que eu falava, mas ele não fez isso. Estava estranhamente muito quieto.

― Mas então eu achei algo que certamente será único. Não faço ideia de como uma peça dessa foi aparecer no Brasil. Mas acho que da mesma forma incomum que a gente se encontrou e se apaixonou, mesmo sendo de dois mundos diferentes, a peça também tinha sua razão de ser encontrada. ― Puxei o pequeno envelope das costas entregando para Seth que ficou encarando o embrulho surpreso e ao mesmo tempo curioso, provavelmente a fim de saber o que eu tanto fazia cerimônia. ― Espero que seja do seu agrado. ― E para minha surpresa, Seth me puxou pela cintura colando seus lábios na minha testa numa atitude calma e maravilhosa.

― Tudo que vem de você é do meu agrado, Ag. ― E eu senti minhas bochechas corando no mesmo segundo enquanto eu desviava o olhar do dele, intenso demais para aquele momento.copy right hot novel pub

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