Tudo bem, não era nada demais. Foi só um beijo

Um beijo quente e que me deixou de pernas bambas.

Merda.

Abro a porta do apartamento e finjo não perceber os pingos de água escorrendo dos meus cabelos e do meu vestido enquanto ando até a cozinha.

Preciso de álcool, sim álcool seria uma ótima ideia.

Abro a portinha do armário e fecho os olhos quando o açúcar refinado cai em minha cabeça como se pequenos respingos de glitter caísse

- Droga Jasper, isso é hora para fazer pegadinha?

É claro que ele não responde, ele está trabalhando hoje à noite. Tiro metade do açúcar dos meus olhos e tento alcançar a garrafa de vodca, pulo por sobre as pontinhas dos pés e quando já estou pensando em pegar uma cadeira o som de batidas ressoa do outro lado da porta.

Franzo a testa e olho para a porta, eu não ouvi o interfone tocar, será que era a senhorinha que mora em frente?

Ando quase deslizando pela cozinha e abro a porta com um supetão. Ofego e dou um passo para trás quando encontro um encharcado Declan na porta.

- Nunca mais faça isso

- Fazer o que? – eu sussurro enquanto acompanho com os olhos uma gota descer e ir em direção ao seu peito.

- Fugir de mim

- Eu não fugi

- Ah não? – ele dá um passo para dentro do apartamento e chuta a porta com pé, a trancando, me movo para trás tomando cuidado com o seu olhar predador

- Não fugi, eu só achei que seria melhor para nós dois eu ir embora

- Não concordo com isso

- Não? – eu pergunto e sinto minha voz falhar um pouco

Ele nega com a cabeça e seus passos ainda seguem os meus.

- Você precisa ir embora

- Preciso?

- Sim – eu confirmo balançando a cabeça fracamente

- Fale isso olhando para os meus olhos amor

Subo o olhar e encontro o verde brilhante dos seus olhos, puxo uma respiração e me forço a falar, mas que inferno, porque eu não consigo? Abro a boca para falar, mas o que sai não é o que eu esperava

- Eu não consigo

Dou o último passo para trás e bato no encosto do sofá, e ele rapidamente está me amparando, me trazendo consigo. Nossas bocam se encontram de novo, e tudo parece ser tão normal, meu corpo reconhece o dele, e o traz para mais perto.

Deslizo os braços em volta de seus ombros e o puxo para mais perto, ele entende o recado e me pega em seus braços me levantado, entrelaço as pernas em volta da sua cintura e ele me carrega pelo apartamento, me levando até o meu quarto

- A segunda porta – eu sussurro em sua boca e ele me carrega até lá, sua perna se move chutando a porta e segundos depois estou deitada na cama com seu corpo em cima do meu.

Sua boa se afasta da minha e eu tomo uma respiração, seu perfume misturado com a chuva é tudo o que eu sinto, seu olhar desliza pelo meu corpo e eu estremeço de leve, ele repara e sorri movendo as mãos por sobre o meu vestido. Declan encontra o zíper e o abre lentamente e só quando o vestido está no chão é que ele volta a me beijar, suave e lenta.

Conhecendo

Descobrindo

Buscando

Sugo seu lábio inferior e ele geme baixinho, desço minhas mãos por sobre o seu peito e começo a desabotoar a sua camisa molhada, cada um dos botões parece mais um castigo, tiro a camisa e ele me ajuda a jogando para o outro lado. Declan abaixa a cabeça e passa o nariz suavemente pelo meu pescoço, e lentamente sinto sua língua me lambendo bem na clavícula e subindo, ofego quando ele suga uma parte e me contorço embaixo dele.

- Sempre açúcar – ele diz baixinho e eu sorrio de encontro ao seu pescoço, ele desabotoa meu sutiã e a joga, minha calcinha vai logo em seguida, passo minhas unhas pelo seu peito vendo-o estremecer em cima de mim e apoio minhas mãos em sua calça. Tiro o cinto e o jogo em algum lugar, desabotoou sua calça e ele se levanta para tirá-la, voltando instantes depois para cima de mim – Essa é a sua única chance de desistir amor.

Movo minhas mãos para cima e entrelaço o seu pescoço o puxando para baixo. Ele entende. Sua boca toma a minha e eu me arqueio para cima, pedindo, ordenando. Então ele se afasta de novo e volta tocando a minha entrada, ele olha para mim e eu sorrio esperando ansiosa.

Declan se move e um segundo depois está enterrado em mim, solto um gemido alto e ele pega o som com sua boca, me beijando com força, com delicadeza. Seus movimentos se encontram com os meus e começamos a nos mover juntos, sua boca nunca deixando a minha, nossas mãos se entrelaçam e ele as levanta para cima da minha cabeça, me prendendo enquanto se move. Movo os quadris ao ritmo de Declan, éramos um só, um emaranho de suor e chuva......e açúcar

Cada centímetro meu queimava, ardia, por ele

Ele impulsionava e eu o seguia, até que o alivio irrompeu por meu corpo, me fazendo arquear para cima. Declan se impulsionou contra mim, firme e rápido atraindo o meu prazer, até que os nossos cheiros se mesclassem e se fundissem.

Era eu e ele

Declan grunhiu quando alcançou o prazer, indo até o fim. Então somente era ouvido o som ofegante das nossas respirações, se misturando.

Olho para ele e tento controlar minha respiração ofegante, Declan olha para mim e sorri e vejo uma pequena covinha em sua bochecha esquerda, não me contenho e a beijo suavemente.

Ele inspira e beija a ponta do meu nariz, sugando uma pequena gota de água que caiu dos seus cabelos em mim. Declan se move para o lado e me puxa para o seu peito, descanso a cabeça em seu peito e escuto o ritmar de seu coração, se controlando aos poucos.

Por um momento fecho os olhos e só o que eu sinto é o leve acariciar de sua mão em meu cabelo úmido,

E é tudo o que importa por hora.

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