Mas que filho da puta
Começo a rir quando vejo o carro e nem sei se fico com raiva ou aliviada.... Não espera, eu estou ofendida na verdade. Como assim ele não confia em mim com aquele carrinho todo luxuoso dele?
Abro a porta do motorista e entro, esse carro também não ficaria muito atrás. Um Honda civic de cor cinza com bancos de couro é uma visão linda, ligo e dou um sorriso animado quando o motor ganha vida.
Vinte minutos depois estou na frente do restaurante de Amanda, entro e uma funcionária me leva até onde ela está, a cozinha está uma verdadeira bagunça e mesmo com o horário vejo a quantidade de pedidos. Aceno para ela e Amanda rapidamente passa as ordens para uma moça vindo até mim.
- Desculpe a bagunça
- Tudo bem, é animador esse lugar
- Todos os dias são assim – ela ri e me leva até a sua sala, apontando uma cadeira a sua frente – Espero que não tenha te atrapalhado.
- Na verdade não, estava mais calmo hoje
Coloco as três vias na sua frente e ela começa a ler as páginas, aproveito a chance e olho ao redor. A sala é pequena, mas é muito delicada, as paredes são cobertas de quadros com frases e imagens, somente tem uma foto, é de Amanda com o que parece ser o seu marido e a sua filha.
- O sr. Campbell parece ser bem rigoroso
Volto o olhar para ela com a pergunta e dou de ombros sem saber muito bem o que responder.
- Ele só gosta de organização, eu acho
- Há quanto tempo trabalha para ele? – ela vira mais uma página e me observa
- Um mês e alguns dias
- Eu soube que ele não fica muito tempo com a mesma secretária. É verdade? – sorrio e aceno confirmando
- Fiquei sabendo disso também
- Isso não deixa você nervosa?
- No começo sim, mas depois eu acabei esquecendo desse pormenor
- Meu deus, eu não esqueceria. Ficaria psicótica rapidinho – ela ri e eu a acompanho
- Ele não é tão ruim
- Vou confiar na sua palavra – ela responde divertida e começa a assinar as incontáveis páginas
Dez minutos depois e tudo foi finalizado, deixo uma via com ela e me levanto levando as duas comigo. Ela aperta minha mão com carinho e sorri animada
- Porque não vem aqui um dia desses? Juro que vai gostar
- Vou aceitar o convite, qualquer dia eu apareço, prometo
Ela acena e eu vou embora, entro no carro, mas paro quando vejo uma lojinha do outro lado da rua, loja de brinquedos?
Uma ideia se forma em minha mente e eu saio do carro de novo, fechando a porta e seguindo em direção ao outro lado da rua quase pulando com minha ideia.
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