- Vocês vieram visitar alguém? – Melina pergunta para Tori e Declan que me olham pedindo ajuda.
- Eles só estão visitando o lugar, não é?
Eles rapidamente concordam e Declan toma um pouco do suco apontando para o piano.
- Sua avó ficaria orgulhosa do que você acabou de fazer ali
- Eu também acho, eu mesma fiquei muito orgulhosa e nem sei tocar – Melina ressalta comendo um pão de mel.
- Obrigada
- Qualquer dia desses talvez eu comece a aprender a tocar – concordo com a cabeça e ela continua dizendo o que gostava no piano, mas eu estou mais focada em Declan e no que ele está fazendo com o pão quadrado com canela.
Ele tira as bordas de dois pãezinhos e coloca em meu prato, nem ao menos me olha quando faz isso, ele está no automático? Declan se volta para o seu prato e pega um pão de mel colocando-o na boca e fingindo que não fez nada
Dou um sorriso escondido e pego o pãozinho comendo lentamente, mas vejo quando Tori praticamente cintila de animação. Paro de sorrir e reviro os olhos observando Melina
- E você? Faz o que? – ela pergunta a Declan que se vira para ela para responder.
- Trabalho na área da construção
Arqueio a sobrancelha para Tori que ri com a resposta vaga dele
- Meu marido construía barcos, navios, ele era muito bom – inspiro e fico esperando o resto – Ele vivia na água, eu sempre dizia que os olhos dele, azuis, tão azuis, era por conta do tempo que ele passava no mar. Ele dizia que o mar agora era parte dele, assim como ele era do mar.
- Seu marido parece ser uma pessoa muito sensata – Declan comenta e Melina concorda ficando triste
- Ele era, morreu quando nossa Evie nasceu. Tão jovem e ela nem chegou a conhecer o pai
Engulo em seco e fico tensa ao lado de Declan que olha para mim observando minha reação.
- Ela deve estar por aí, correndo, ela sempre corre.... Vivia correndo de mim......- Suas palavras ficam cada vez mais espaçadas e eu intervenho rapidamente.
- O que achou do pão de mel? Eles estão deliciosos, não é?
- Sim, estão muito bons – ela responde e olha para o lado, uma criança passa correndo do outro lado e Melina ajeita a postura olhando.
Ah não.
- Melina....
- Viu? Eu disse que ela vivia correndo – Melina se levanta e eu pulo na cadeira – Vou atrás dela.
- Espera, ela não é Evie
- Mas é claro que é, eu reconheceria minha filha
Ela diz espantada e começa a ir em direção a menina, vou atrás dela sendo seguida por Declan.
- Melina por favor, pare
- Mas que coisa, essa menina parece um pequeno coelho
A mãe verdadeira da menina a pega e a levanta rindo, e a trazendo para perto. Melina franze a testa com raiva e eu a seguro pelo braço.
- Olha para mim, vovó, hey
- Me solte, preciso pegar minha filha
- Não é ela, por favor me escute – entro no seu campo de visão e ela sacode o seu braço para longe de mim, me fazendo tropeçar para trás.
- Já disse para me soltar
Olho ao redor e vejo Bianca vindo em nossa direção com dois enfermeiros.copy right hot novel pub