Oito horas depois pousamos em Londres, e consequentemente acabei percebendo que o mundo não está girando para mim, mas capotando e me levando junto nos tombos. Em uma infinidade de coisas boas que podiam acontecer durante um voo porque tinha logo que acontecer uma coisa ruim?

Porque a comissária de bordo tinha que derramar um drinque com álcool em cima de mim?

Eu sinceramente desisti de perguntar porque isso vive acontecendo comigo, mas fico feliz por ver que faço outras pessoas felizes, como o senhorzinho do outro lado que caiu na gargalhada ou o Declan que ficou bem animado de provar a bebida que respingou em meu pescoço e em meu peito.

Ele é muito pervertido mesmo.

Mas o fato é que sobrevivemos, e fico feliz em dizer que o hotel ao qual Sônia se referiu, é enorme contendo uma piscina no último andar, o que é um belo ponto positivo.

- Você ainda não me disse por qual motivo estamos em Londres

Pergunto e vejo Declan apertando o botão do elevador para o andar em que iriamos ficar.

- Isaac Jefferson – ele diz simplesmente e eu busco em minha mente quem ele poderia ser.

- Espera, esse é aquele arquiteto famoso?

- Ele mesmo

As portas abrem e nos vemos de frente para o apartamento privado, e se eu pudesse resumir, seria grandioso. Com um sofá fazendo um L, tomando a sala de modo a ficar aconchegante e ao mesmo tempo moderno, uma televisão enorme, uma cozinha pra lá de elegante e uma escada subindo para os quartos superiores.

- Uau

- Sabia que você ia gostar

- Mais ou menos – eu respondo e ele franze a testa para mim

- Como assim?

- Prefiro vistas para o jardim, e..... - Aponto para uma estátua de pantera de cor obsidiana com olhos esverdeados em cima da mesa e estremeço – E sem coisas caras da qual eu posso sem querer quebrar.

Declan ri e passa por mim com nossas malas, colocando-as perto da escada.

- Então terei que guardar tudo em uma caixa?

- E colocar ela longe de mim, sim, isso mesmo – concordo e rodopio na sala vendo as luminárias se apoiarem nas mesinhas de modo elegante – Mas, voltando, você tem negócios com Isaac?

- Sim e não

Fico esperando que ele termine o resto, mas ele não o faz, então me viro para ele e o vejo subindo com minha mala em direção aos quartos. Vou atrás dele subindo as escadas e levando minha bolsa junto

- Você vai ter que explicar melhor camarada

- Isaac e eu tivemos negócios há alguns anos atrás, ele me ajudou a arquitetar um prédio, o Bonsoir.

- Um dos maiores prédios de Nova York?

- Exato

- E o que aconteceu? – Declan abre a porta de um quarto e averigua antes de colocar minha mala lá.

- Digamos que Isaac tenha entrado em um grupo, onde falem sobre o qual maléfico são as construções e ele tenha deixado de lado essa vida

- E você quer convencer ele do contrário? – pergunto chocada enquanto entro no cômodo – Isso é muito errado da sua parte

- Está protegendo-o? – Declan pergunta divertido

- Estou defendendo suas crenças

- Pois fique sabendo que não estou tentando convencer ele do contrário – Declan começa a descer as escadas para pegar a sua mala – Vou tentar convencê-lo a trabalhar comigo nesse projeto novo

- Construção sustentável?

- Exatamente

- Ah, então tudo bem

Respondo e me volto para o quarto me deitando no meio da cama e suspirando baixinho quando minha cabeça encontra a cama macia.

Declan se deita ao meu lado e segura minha mão com carinho, ficamos em silêncio por um tempo até que ele fale de novo.

- Temos um encontro com ele, na hora do jantar

- Alguma informação que eu deva pesquisar?

- Não, eu o conheço bem, não vai ser preciso

- Ok

Bocejo e me viro de lado fechando os olhos, Declan me puxa pela cintura apoiando minha cabeça em seu peito e eu levo minha mão para o seu coração apoiando-a ali.copy right hot novel pub