O batizado da Laura foi ontem, foi lindo, e emocionante para mim, ela é minha primeira afilhada, nasceu através das minhas mãos e eu a amo como se ela realmente tivesse o meu sangue.

Ela é um ponto de equilíbrio entre todos nós, somos seis pessoas que fazemos qualquer coisa por aquela bebê.

Trouxe aos pais uma felicidade que eles não podiam imaginar que existia e uniu ainda mais a nossa "família" em torno dela.

Eu costumo brincar que ela vai chamar a Gi de mamãe também quando aprender a falar, de tanto apreço que a menina tem por ela.

A Mel estava serena na cerimônia e não me pareceu incomodada com o fato da mãe não estar nesse momento importante.

Ela finalmente percebeu que não tem como manter contato direto com aquela mulher e vem inclusive nos policiando para não falar sobre ela perto da Laura, pois ela alega ter visto uma matéria na internet que dizia que os bebês tem memória fotográfica e guardam tudo que escutam.

Na verdade eu acho que é o jeito que ela achou para não tocarmos mais no nome da Lídia.

Voltando a cerimônia de batizado, apesar de eu não ser católica, achei tão bonita que até chorei quando o padre me disse as minhas responsabilidades ao receber aquela criança como afilhada.

Ele disse que a minha maior responsabilidade será amá-la independente de fatos externos, como um rompimento entre nós e os pais dela.

Claro que isso não vai acontecer, mas eu prometi para a Laurinha que a nossa relação será para vida toda.

Hoje estou de plantão, mas já pedi afastamento do hospital, vou tirar licença premium primeiro e depois saio de vez.

Vai ser melhor para mim e pro Marcelo, pois além de eu não querer mais passar noites longe dele, também quero ajudá-lo com a loja.

Tenho certeza que sentirei saudades, mas será somente uma questão de acostumar.

O Gui está muito triste e me disse que se soubesse que eu ia sair daqui, teria dado um jeito de botar o Marcelo para correr.

Ele é um ótimo amigo, sou grata por tê-lo em minha vida e por isso prometi a ele que quando a minha clínica tiver pronta, vou chamá-lo para trabalhar comigo.

Estou arrumando as minhas coisas para ir embora amanhã cedo e confesso que me senti um peixe fora d'água por me imaginar fora desse hospital.

Quando vim para cá, fui acolhida aqui e me enfiei de cabeça nesse lugar para não pensar no Renato e nas coisas ruins que ele tinha me feito.

Me escrevia em plantões alternativos direto, pois não tinha nada para fazer em casa.

Porém agora sei que ele está lá... Meu homem, meu amor ! Todas as manhãs quando chego do plantão, ele que tem o hábito de levantar cedo, não levanta e me espera na cama.

Passar 24 horas separados nos faz sentir falta um do outro, então ele me espera na cama, pronto para me dar prazer o suficiente que vai me fazer dormir tranquila.

Apesar de eu gostar muito desse hospital, eu amo aquele grandão e quero mesmo é realizar logo o sonho que ele tem de me engravidar.

Marcamos uma pequena viagem para o fim de semana, ele queria ir antes, mas eu disse para esperarmos o período fértil, então combinamos para sexta-feira a nossa retirada em prol do nosso projeto de sermos papais em breve.

Tá tudo bem tranquilo no hospital hoje, aliás, em vista de alguns dias, pois aqui tranquilo mesmo nunca é.

Estou com umas caixas pesadas para levar para o carro, então saí procurar o Gui para me ajudar.

Passei pela recepção e perguntei pelo mesmo, a recepcionista me disse que o viu indo em direção aos alojamentos.

Fui até lá e nada, já estava voltando quando ouvi barulhos numa ala fechada, esse lugar já havia sido um alojamento de enfermeiros antes, mas devido a uma infiltração de água ter o tornado iimpróprio, o mesmo foi desativado.

Andei até a porta e antes que eu entrasse o Dr Elias saiu de lá com uma expressão ressabiada e todo vermelho.

-Ai que susto Elias ! Falei ao dar de cara com ele

-O que tu estás fazendo aqui ? Perguntou visivelmente incomodado com a minha presença.

-Estava procurando o Gui e escutei barulho,só parei para ver o que era.copy right hot novel pub