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Doce Vingança

VINTE E UM

— Senhora Clarck, pronta para mais um combate? — Minha assistente pessoal perguntou com um tom zombeteiro, adentrando a sala da presidência. O lugar além de lindo, é enorme e quase todas as suas paredes são de vidros transparentes, de onde consigo ver toda a cidade em sua magnitude. Um ambiente preenchido por móveis modernos e luxuosos, uma enorme e retangular mesa de madeira cor de tabaco, com um tampo de vidro escuro. Encostei-me no encosto alto e macio da cadeira executiva e enquanto a rodopiava levemente de um lado para o outro, encarei uma Penélope sorridente e totalmente a vontade com os meus planos para hoje.

— Prontíssima! — falei com um tom mais animado. — Só quero ver a cara daqueles dois quando eu anunciar as mudanças que fiz na empresa.

— A socialite-bruxa vai enfartar. — Ela riu ainda mais.

— Que seja! Separou as pastas para a reunião de hoje? — Seu sorriso parecia se ampliar consideravelmente.

— E você achou mesmo que eu ia me esquecer do principal dessa reunião? Lara Clarck, eu não seria Penélope Clarck se me esquecesse desse mínimo detalhe! — retrucou saindo da sala e eu fui atrás dela. Penélope arrumou com esmero as pastas em seu braço, como se fosse uma colegial que carrega os seus livros no caminho para escola e sentindo o meu coração saltar ferozmente dentro do meu peito, seguimos para um dos elevadores.

Minutos após parar em frente a elegante porta da sala de reuniões, respirei fundo e pus minha máscara de CEO fodona, para mais um embate. Penélope abriu a porta e de cara encontramos uma Valentina amorosa, beijando carinhosamente o rosto do seu marido, e o mais estranho daquela cena, era a cara amarrada de Gael para o gesto carinhoso de sua mulher. Ela me lançou um olhar provocativo e em seguida abriu um sorriso cheio de insinuações, que me causou repulsa.

— Bom dia, senhores! — Usei o meu melhor tom seco e rude, e me acomodei em uma cadeira de frente para eles, pois queria olhá-los bem nos olhos, quando fosse impor as minhas decisões. — Podem me dizer o que decidiram sobre a posição de ambos dentro desta empresa?

— Claro, Lara.

— Para você, sou a senhora Clarck, Valentina. Não me lembro de lhe dar tamanha liberdade em usar o meu nome.

— Bom, sinto dizer que para mim nada mudou.

— Uma pena, porque não tolerarei sua audácia, menos ainda as suas provocações. Ou me trata como a minha posição exige, ou tomarei as devidas providências.

— Não precisa, eu e Gael decidimos que ele atuará como vice-presidente aqui na empresa e também tomará conta de tudo para nós dois. Não é meu amor? — Ela praticamente sussurrou ao pé do seu ouvido e aquele ato me encheu de raiva.

— Ótimo! Isso facilita algumas mudanças que fiz no protocolo da empresa.

— Mudanças, que tipo de mudanças? — A loira se afastou do marido, se ajeitou em sua cadeira e parecia pronta para contra-atacar. Respirei fundo, enquanto Penélope lhes entregava a pauta da reunião e ambos começaram a folhear o novo contrato.

— Vi que a senhora Lincon usa muito o nosso cartão corporativo para futilidades que não tem nada a ver com essa empresa. Restaurantes, compras em lojas de roupas e calcados, viagens…

— E o que você tem a ver com isso? — Me interrompeu, deixando transparecer sua irritação.copy right hot novel pub

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