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Doce Vingança

VINTE - 2ª parte.

— O negócio é o seguinte, Valentina — falei com um tom seco e firme. — Eu não estou pedindo permissão a você, ou a qualquer outra pessoa. Estou informando que tomarei posse da presidência da Richter & Lincon, quer você goste ou não. E se você, ou seu boneco de marionete ficará com a vice-presidência eu não sei e de verdade, não me interessa nem um pouco. O que sei, é que estou aqui e que vocês terão que aceitar isso. Caso contrário, peçam demissão, eu terei todo o prazer em vê-la sair daqui com o seu rabo de cadela vadia entre as suas pernas. Essa reunião está encerrada! Quando tiverem uma resposta, avise para a minha assistente pessoal e assessora, Penélope Clarck. — Apontei para a minha amiga ao meu lado e me afastei da mesa, caminhei para a porta e Leon, e Penélope vieram logo atrás de mim. Do corredor eu podia ouvir os resmungos mal-humorados de Valentina na sala.

— Você é mesmo um banana, Gael Lincon! Como pôde deixá-los nos tratar assim?

?

O som alto e ofegante da minha respiração se misturava as batidas fortes do meu coração. Abri a torneira do elegante balcão do banheiro feminino da Richter & Lincon e comecei a molhar o meu rosto suavemente. A ânsia de vômito vinha com uma força absurda, quando as imagens de uma reunião conturbada e cheia de ataques vinham a minha mente. Eu estava literalmente dentro da cova dos leões e mesmo tendo a companhia de Penélope e de Leon, era como se apenas eu enfrentasse aquela batalha. Os olhos de Gael e a voz irritante da Valentina me levaram momentaneamente para caminhos sombrios e embora eu tenha encontrado forças para contra-atacar, não via a hora de sair daquela sala e de poder respirar aliviada.

Corri para um dos biombos atrás de mim e me debrucei sobre o vaso sanitário, colocando o meu café da manhã para fora no segundo seguinte. Respirei fundo algumas vezes, sentindo o suor borbulhar em minha testa e voltei para o balcão, voltando a molhar o meu rosto.

— Como você está? — Penélope perguntou assim que entrou no banheiro. Ergui minha cabeça e a encarei através do enorme espelho retangular. — Você foi maravilhosa lá dentro. Meu Deus, eu queria ter filmado a cara daquela bruxa, só para ter um motivo para rir nos meus momentos depressivos. E aquele Gael? O que tinha de lindo, tinha de idiota. Como ele pode ficar calado daquele jeito? Viu a cara de espanto que ele fez quando te viu entrar na sala? Até parece que viu um fantasma na frente dele. — Respirei fundo. Confesso que não tive tempo de observar cada detalhe como a minha amiga fez e de verdade, eu queria ter tido tempo.

— Onde eles estão agora? — Resolvi não me aprofundar nessa conversa.

— Ainda estão na sala. Parece que você conseguiu realizar o efeito dominó lá dentro, porque eles não param de gritar um com o outro.

— Bom, nesse caso, missão cumprida! Vamos para casa? — indaguei me afastando do balcão.copy right hot novel pub

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