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Doce Vingança

VINTE E TRÊS

— Você falou com ela. — Tive a certeza assim que pus os meus olhos em cima dela. Lara ainda me fascinava, mexia comigo de uma maneira ainda mais absurda que antes e me deixava confuso vê-la o tempo todo na defensiva comigo.

— Falei. — Seu tom seco me incomodava. Eu procurava naquela linda mulher agora mais amadurecida, um resquício da minha doce Lara, mas é como se ela não existisse mais.

— Então acredita em mim? — Ela me olhou com desdém.

— Existem muitas perguntas não respondidas, Gael.

— Sim, e algumas delas posso te responder se quiser.

— Ótimo! — Ela finalmente se mexeu do seu lugar, mas não podíamos ter essa conversa aqui. Eu tinha pouco tempo e precisava tirá-la da empresa quanto antes.

— Aqui não, Lara. — Desviei o meu olhar e fui até a minha mesa para pegar minha carteira e celular, e pus tudo nos bolsos da calça. — Passei a noite fora de casa e conhecendo a Valentina como conheço, ela virá atrás de mim e não quero que nos interrompa.

— E para onde você quer ir?

— Preparei um carro para nos levar a um lugar. Espero que não se importe.

— Eu não vou alugar nenhum com você, Gael. — Sua reação ríspida me fez olhá-la outra vez. Respirei fundo, precisava ter paciência, ser cauteloso e entender o que realmente a afastou de mim assim.

— Lara, você quer respostas e eu estou te dizendo que posso te dar essas respostas, mas se ficarmos aqui não poderemos conversar como queremos.

— E, por que não posso ir no meu carro? — rebateu com um tom sério demais.

— Porque não quero que nos sigam. Posso explicar tudo para você, se vier comigo — insisti, ela parecia relutante, mas finalmente aceitou. — Ótimo! O carro está estacionado atrás da fábrica. Eu vou na frente e você pode vir minutos depois. — Saí da sala assim que falei, pois, estava segurando a ansiedade de tomá-la em meus braços e de beijá-la com toda a intensidade que a saudade sacudia o meu corpo.

Minutos depois, estávamos no carro sentados lado a lado no banco traseiro, enquanto o motorista nos levava ao nosso destino. Nem uma palavra foi dita e o tempo todo ela olhava pela janela do carro. Meu coração ardia, batia com frenesi e minhas mãos estavam fechadas em punho.copy right hot novel pub

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