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Doce Vingança

VINTE E SEIS

— Como estou, Donana? — perguntei em uma mistura de nervoso e ansioso. A senhora me olhou com curiosidade através do reflexo do espelho, entrando em meu quarto, segurando a gravata que havia lhe pedido. Como uma mãe carinhosa, ela se aproximou e eu me virei de frente para ela, e gentilmente começou a arrumar a gravata em meu pescoço.

— Você está lindo, querido! Alguma namora nova? — Lancei-lhe um olhar curioso.

— Porque pensa que tenho uma namorada nova? — indaguei com humor e ela sorriu.

— Não sabe como estou feliz que esse casamento finalmente acabou, querido. Eu não suportava aquela mulher, menos ainda a sua carinha triste sempre que chegava em casa. Mas agora você está livre e nada te impede de seguir em frente. — Ela apertou levemente o nó da gravata e eu me virei para olhar-me no espelho outra vez

— Será que estou exagerando? — questionei olhando para o terno caro, a camisa social e os meus cabelos estavam arrumados com o gel.

— Vai se encontrar com a Lara? — Não segurei um pequeno sorriso de lado.

— Tomei coragem e a convidei. A princípio ela me disse não, mas depois me ligou e… — Soltei um suspiro alto e satisfeito. — É isso! — Mas ela não sorriu.

— Gael, tenha paciência com ela. Lara passou por muitas coisas e nenhuma delas foi fácil.

— Eu sei, Donana, e o que mais me machuca é saber que tenho grande parte nisso tudo — bufei audível

— Não, querido. Você foi tão vítima quanto ela. — Fiz não com a cabeça.

— Se eu não tivesse insistido em ficar com ela, talvez a Sara ainda estivesse viva. Se eu não tivesse entrado em conflito meu pai, nada disso teria acontecido. Eu sabia que ele não a aceitaria e que jamais desistiria daquele maldito contrato. E mesmo assim me envolvi com ela.

— Não é assim, Gael. Não pode deixar que seu pai dite os seus passos e imponha as suas regras. Você não é um robô, não precisa obedecê-lo sempre que ele quiser. — Soltei mais um suspiro audível, dessa vez, contrariado e sentei-me no colchão.

— Eu sei que sou culpado, Donana. Eu podia ter lutado, devia ter gritado, fugido com ela para bem longe daqui. Eu devia tê-la protegido, mas não fiz. — Donana aproximou-se e segurou o meu rosto, fazendo-me olhá-la nos olhos.

— Gael Lincon, me escute. Você não foi culpado por eles agirem covardemente contra elas. Contudo, agora você tem a oportunidade de protegê-la. Converse com a Lara, escute o que ela tem para falar e a reconquiste aos poucos. Ela te ama meu menino, eu sei que sim.

— Ela me odeia, Donana.copy right hot novel pub

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