Foi os três dias mais loucos e cansativos que já vivi na vida. Penélope me entregou uma lista de telefones e nós passamos uma manhã inteira fazendo uma sequência de telefonemas, marcando horários com cabeleireiro, manicure, massagista, restaurantes e a tarde saímos para escolher um vestido.

— Será um casamento simples, mas não quer dizer que não terá um vestido de noiva. — resmungou e depois, passamos as últimas horas entre uma prova de vestido e outra. Não sei dizer quantas viagens tive que dar até o provador até que ela me lançou um olhar extremamente maravilhado e começou a bater palmas, igual uma maluca no meio da loja. — Sim, sim, sim! Este está perfeito! — comemorou, abrindo um sorriso pra lá de satisfeito.

No segundo dia, ficamos trancadas no escritório do senhor Clarck a procura da ornamentação perfeita para um dia especialmente perfeito, e optamos por construir um pequeno e gracioso pavilhão de palites no meio do jardim, ornamentado com ramos e tules, e pôr um pequeno púlpito de vidro no centro dele.

— Amei a ideia do púlpito, o juiz de paz pode colocar seu grande livro e ele também pode usá-lo para proferir suas palavras lá. — disse animada. A noite, eu estava ansiosa demais para dormir e li um livro para tentar relaxar.

O dia mal chegou e eu fui acordada pelo furacão Penélope Clarck, que invadiu o meu quarto com o seu modo extraordinariamente falante e alegre, abrindo todas as cortinas e me fazendo gemer de frustração. Eu abri uma brecha de olho e encarei o sorriso extravagante da menina, que em seguida bateu palmas e cantarolou.

— Acorde, futura senhora Clarck, hoje será o seu dia de princesa! — O anúncio fez o meu coração dar um leve salto. Forcei-me a sentar-me no colchão e esfreguei os meus olhos, para tentar despertar.

— Não é muito cedo? — resmunguei com voz sonolenta.

— Não é, logo todos chegarão para cuidar de nós duas. Precisamos tomar um café da manhã reforçado e depois de todo o tratamento de beleza, teremos pouco tempo para nos arrumar para o casamento. — Sai da cama e caminhei para o banheiro.

— E o senhor Clarck? — indaguei enquanto caminhava.

— Saiu cedo para a clínica do doutor Peter. — Eu a olhei rapidinho. Quis perguntar se ele estava bem, mas freei a minha língua e fui tomar um banho rápido.copy right hot novel pub