As pupilas de Raviel tremeram levemente, e suas costas também enrijeceram um pouco; era claro que aquele contato tão íntimo não era adequado.
- Acorde, acorde.
Ele ergueu a mão e empurrou Andreia de leve, tentando chamá-la; mas ela apenas grunhiu e continuou a dormir.
Os lábios finos do Raviel se contraíram de leve. A mulher que agora há pouco dizia que não conseguiria dormir estava ali, dormindo profundamente!
Esqueça, melhor deixar. Ele fez o filho dela ir parar no hospital, aquilo era o de menos.
Pensando nisso, levou a mão de volta ao telefone. A tela ainda estava acesa e com o relatório aparecendo, mas ele não conseguia enxergar mais nada. A fragrância do corpo da mulher invadia continuamente o seu olfato e perturbava a sua mente.
Por fim, ele franziu o cenho e, fazendo de tudo para ignorar a estranha sensação no peito, desligou o telefone.
Logo ao amanhecer, Raviel foi despertado pelo toque súbito do aparelho. Ele abriu os olhos de uma vez e correu os olhos pelo telefone antes de responder:
- Você está me esperando na porta? Eu já estou descendo.
Depois de falar, ele desligou o telefone, ergueu a cabeça de Andreia dos ombros e gentilmente a pousou sobre o braço do sofá. Lidando com metade do corpo adormecida, levantou-se e saiu da enfermaria.
Assim que ele pôs o pé para fora, Andreia acordou. Primeiro ela olhou para o ambiente onde estava; então pensou em algo e seus olhos se arregalaram.
- Daniel!
Ignorando o pescoço dolorido, ela se levantou e correu para a cama do hospital. Ao tocar a testa do filho e perceber que a temperatura corporal dele havia voltado ao normal, sorriu e suspirou de alívio.
- Mamãe.
Era Giovana esfregando os olhinhos e se levantando da cama do hospital.
A mãe desviou o olhar do filho para a menina:
- Já está acordada?
- Sim - assentiu a menina, olhando para o irmão ao seu lado, preocupada -, mamãe, por que Dani ainda não acordou?
- Deveria ser por que o efeito do remédio ainda não passou. Vou esperar um tempo e depois vou acordá-lo - respondeu, arrumando a bolsa e se preparando para comprar o café da manhã.
Nesse momento, a porta da enfermaria se abriu e Raviel entrou carregando uma grande sacola.
- Titio Ravi! - Giovana acenou e deu um gritinho meigo.
Raviel respondeu fazendo um leve aceno com a testa.
- Sr. Raviel, você não tinha ido embora? - ao pegar a carteira, Andreia olhou para ele, surpresa.
Ela não viu mais ninguém ao acordar, e achou que ele já tinha ido embora.
- Não, fui só trocar de terno. Ele entregou a sacola que estava em suas mãos:
- Tome, é o café da manhã.copy right hot novel pub