Estava uma correria, eu estava quase batendo nos carros, mas estava mantendo o controle, avistava o carro do meu avô um pouco distante, mas nunca os perdendo de vista. Pego meu celular do bolso e disco o número de Zaac.
Ligação
— Fala meu velho. — atendeu ele com uma voz animada.
— Zaac, preciso que faça algo para mim. — disse engolindo em seco.
— Claro, pode falar. — disse em um tom sério.
— Estou com duas garotinhas gêmeas em casa, elas são as irmãs da Isabella. — disse começando a explicar, mas ele me interrompeu.
— Isabella tem irmãs? — perguntou ele surpreso.
— Isso não importa, só liguei para falar que dependendo do que acontecer hoje e se caso eu ou Isabella não retornarmos a minha casa, eu quero que você e Rany pegue as gêmeas e sumam da Europa. — disse e se instalou um enorme silêncio.
— Ettore, onde você está? Que papo é esse? — perguntou ele um tanto desesperado.
— Eu quero que você jure, Zaac. Jura que vai proteger as garotinhas? — perguntei desviando de carros em alta velocidade.
— Onde você está? — perguntou ele.
— Estou perseguindo o meu avô, ele sequestrou a Isabella e quer mata-lá, mas não irei deixar, nem que custe a minha vida. — disse escutando um suspiro.
— Eu juro. — disse ele em um fio de voz, respondendo a minha pergunta anterior.
— Era só isso que eu queria escutar. Fale para Rany que sinto muito. E obrigado, irmão. — disse desligando o celular.
Ligação off
Afundei ainda mais o pé no acelerador, não sei para onde eles estavam indo, mas não iria os perder de vista.
Meu celular vibra tocando e era a Rany, provavelmente Zaac já havia a ligado. Atendi o celular.
Ligação
— Você é um grande palhaço! Como ousa ligar para Zaac e não para mim? — perguntou brava.
— Rany, as coisas estão um caos. — disse.
— Por que ela? — perguntou.
— Não sei, é automático. — disse.
— Não ouse morrer sem ao menos vir me visitar aqui no meu apartamento. — disse divertida, mas pude perceber sua voz chorosa.
— Sabe que não posso prometer. — disse.
— É, eu sei. Você não é bom em cumprir promessas, mas… mude isso Ettore, prometa para mim que irá voltar vivo e volte. — disse entre meio os soluços.
— Prometo. — disse desligando o celular.
Ligação off
Prometi mesmo sabendo que não poderia cumprir.
Já estávamos em um lugar deserto, não passava mais nenhum carro. O carro do meu avô dobrou uma esquina onde tinha um espaço vago fora da pista e eu dobrei também, ele parou o carro e eu também parei, sai do carro só agora percebendo que estávamos em um penhasco.
Ele saiu do carro com a Isabella e uma arma apontada para ela, eles param bem perto do penhasco, enquanto eu estava a uma razoável distância deles. Saíram dois seguranças do carro, mas eu os matei.
Escutei a risada do meu avô e o olhei.
— Qão longe você foi por causa de um verme. — disse ele, olhando para Isabella com desprezo.
— O único verme aqui é você. — disse a ele que gargalhou.
— Eu não ligo aos seus insultos. — disse dando de ombros. — Eu deveria ter a matado faz tempo, vadia! — disse ele, Isabella me olhou e sorriu de lado pelo comentário do meu avô.
— Então mate. — disse ela em alto e bom som.
— Com prazer. — disse meu avô destravando a arma, mas logo parando quando escutou o destravar da minha arma, apontei para ele e ele me olhou arqueando uma sobrancelha. Isabella aproveitou a distração do meu avô e pegou a arma da sua mão apontando para ele.
— Isso está com cara de novela. — disse ele abrindo os braços em forma de rendição.
— Você vai pagar com a sua vida por ter matado o meu pai, desgraçado. — disse ela forçando o dedo no gatilho, meu avô a olhou sorrindo e se virou para mim.
— Vai deixar ela me matar, meu querido neto? O seu próprio avô? — perguntou ele, não respondi, eu estava confuso.
— Não pensou em ele ser seu neto quando deu 100 chicotadas nele ou quando obrigou ele matar pessoas, ou quando me afastou dele, ou quando mandou matar a única pessoa que tinha um amor por ele maternal e não pensou… — a interrompi, ela estava indo longe demais e ouvir aquelas coisas me fazia lembrar do passado, isso doía.
— Chega, Isabella. — disse para ela, que me olhou com raiva.
— Não Ettore, ele tem que escutar tudo isso, ele mere… — a interrompi novamente.
— EU DISSE CHEGA, ISABELLA! NÃO É DA SUA CONTA. — gritei, ela me olhou séria, franzindo o cenho.
— Vejo que você não está no poder totalmente, Isabella. — disse meu avô, ela aproximou mais. — Ettore, mate-a. -mandou Jovi. Isabella me olhou imediatamente e eu fiquei em silêncio com a arma apontada para ele. — O quê? Não consegue a matar? O que vai fazer? Me matar? — perguntou ele.
— Não me faça escolher, porque não vai ser você. — disse e ele negou com a cabeça.
— Ela só quer se aproveitar de você Ettore, desde o começo. — disse ele, eu olhei de relance para Isabella que me olhou de volta negando. Voltei a olhar para Jovi. — Ela nunca gostou de você, só estava se aproximando para vingar a morte do pai, para me atingir. Como você pode ser tão burro? — perguntou ele.
Isabella afundou a arma em sua cabeça.
— Isabella. — a reprendi apontando a arma para sua cabeça.copy right hot novel pub