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Treinador de Submissas

34 Capítulo

O coração estava a mil, mas eu queria parecer o mais calmo e sereno possível, não queria mostrar nervosismo e nada do tipo, não para ele. Ajeitei a minha postura e bati na porta. Rany pegou no meu braço me confortando e eu assenti para ela mostrando que estava tudo bem.

— Pode entrar. — estremeci, era ele. Sempre com aquela voz autoritária. Respirei fundo e abri a porta e entrei fechando logo em seguida, Rany estava do meu lado séria. Meu avô estava lendo papeladas, nem ao menos me olhou.

— É um erro o presidente da empresa Kanennberg 's não dar as devidas atenções para quem entra em sua sala. — disse em uma voz firme. Ele congelou na hora, sem ainda tirar os olhos dos papéis.

— Ettore. — disse ele me olhando e jogando os papéis em sua mesa. — Não o teria reconhecido se não fosse pela voz. Você mudou muito desde a época que foi embora. Parece mais… — pausou ele me analisando. — Homem. — disse ele por fim, me sentei e Rany também.

— O tempo me fez tão bem, o senhor nem imagina. — digo mexendo em um barquinho que tinha em cima da sua mesa.

— Estou vendo. O que te traz aqui? — perguntou ele.

— Vim retomar o meu posto na vice presidência, que por um acaso é meu por direito. — disse o encarando sério.

Ele gargalhou.

— Esse posto deixou de ser seu no momento em que você saiu dos limites do continente Europeu. Aliás, foi você mesmo que se demitiu. — disse ele.

— Não assinei nenhum papel, portanto, não, não me demiti. Sabe, em grande parte da minha vida passei com medo de você. Acredite, você foi o meu pior pesadelo durante anos. Ninguém merecia ter um avô igual você. Se minha mãe não tivesse morrido, provavelmente eu nem respiraria o mesmo ar que você, pois, ela sempre certificou que eu estivesse longe o suficiente de você. Mas bingo, esse é o motivo pelo qual estou aqui de volta, e pelo qual vou pegar o meu posto também. — digo, ele me olha com cara de deboche.

— Não me teme mais Ettore? É isso que está querendo dizer? — perguntou ele sorrindo de lado.

— Não, eu não temo. Na verdade, eu não dou a mínima para você, em grande parte da minha vida eu achei que era um homem, na verdade, eu achei que você tivesse me feito virar um homem, mas percebo que sempre estive errado. — disse, ele ficou calado, então continuei. — Você não me fez virar homem porque nem mesmo você era um. — digo cuspindo todas aquelas palavras com gosto. O rosto dele se enrugou mostrando insatisfação.

— Eu te fiz virar homem, sim. Te ensinei a anular seus sentimentos e ser frio. O que esperava que eu fizesse? Brincar de carrinho igual sua mãe fazia com você? Ettore, você só é o que é hoje porque eu te fiz ser assim. — disse ele, aquela conversa estava intensa.

— Você me ensinou a ser um monstro que nem você, e adivinha? Eu não tenho como mudar isso. Vou ser o monstro que você me ensinou a ser e vou infernizar a sua vida como um bom prodígio. — digo.

— Sabe, ainda sinto que não te ensinei direito, até porque no primeiro tombo que eu te dei você chorou que nem uma menininha e fugiu durante 2 anos por causa de uma mulher. — disse ele pegando em meu ponto fraco.

— Eu não fugi, só estava vivendo a minha vida longe de você, seu lixo. — disse.

— Oh! Que bela desculpa! De qualquer forma, você não terá seu posto de vice-presidente de volta. — disse ele.

— Não foi um pedido pelo meu cargo de volta, eu só estou te anunciando que voltei. Tanto para minha vida aqui na Europa, quanto para a vice presidência. — digo, ele revira os olhos.

— É inútil, você sabe que a minha palavra é a final, sabe que eu mando aqui e eu não te quero de volta. — diz ele.

— Sei que tenho ações nessa empresa, sei que tenho direito.copy right hot novel pub

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