O tempo pareceu parar para mim, tudo aconteceu em câmera lenta. Me levantei rapidamente, Rany me olhou sem entender, a ignorei saindo do closet e do meu quarto indo direto para a escada, desci apressadamente quase caindo, parei pela sala observando, estava tudo quebrado. Como não percebi isso antes? Fui correndo para cozinha, no caminho vendo respingos de sangue. Cada vez que chegava mais perto da cozinha meu coração se apertava ainda mais. Cheguei na cozinha olhando para todos os lados e vi uma poça de sangue, me aproximei temendo ser quem eu suspeitava, e bem, se eu tinha alguma esperança ela se foi totalmente para o ralo.

— Rose? — a chamei, sem resposta. — Rose? — chamei novamente, me abaixando perto do seu corpo a balançando de leve. Ela estava imóvel, seu corpo estava gélido, os lábios pálidos e ressecados, não, não podia ser. Me recusava a acreditar que ela estava morta, mas ela não respondia e isso estava me matando, senti um aperto em meu braço, olhei para baixo e Rose estava sorrindo de leve para mim, um sorriso cheio de dor e amor.

— Rose. — a chamo, ela engoliu em seco com os olhos cheios de lágrimas.

— Q-quero que saiba que eu o-amo e sempre amarei… mesmo se não estiver presente em sua vida. — dizia ela, eu balançava a cabeça repetidas vezes. Ela não poderia estar se despedindo era inaceitável, eu não aceitava. — Continue sendo essa pessoa que você é, mesmo os outros te olhando com outros olhos. Eu te amo tanto filho, tanto que essa bala no peito é inferior à dor que sinto em saber que terei que deixa-ló. Continue voando. — ela dizia tudo olhando em meus olhos. Eu chorava, as lágrimas desciam descontroladamente, parecia que toda a dor que toda a vontade de chorar por anos estavam presentes agora.

— NÃO ME DEIXE. NÃO PODE ME DEIXAR, VOCÊ NÃO… POR FAVOR ROSE. VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE MORRER E ME DEIXAR, ROSE! — gritava descontrolado a maneira que ela ia fechando os olhos com um sorrisinho leve nos lábios.copy right hot novel pub